domingo, 23 de janeiro de 2011

Mais uma do Raúl Cóias!

Digo o mesmo que disse aqui há uns tempos: “Como escreve bem, o magano!”

Do número de Dezembro de “a Ponte”:

coias

Um sorriso de Deus

Foram-se as tardes douradas transparentes de azul leve, cheirando a fruta madura. As tardes de sol pálido espreitando por nuvens baixas, com crepúsculos arroxeados e passos de folhas mortas sussurrando pelos recantos entre rabanadas de vento.

Algumas árvores, ali no largo da feira, exibiam já solitárias, toda a nudez descarnada dos seus ramos desvairados.

À saída da cidade, antes da ponte dos mouros, havia uma álea cerrada que alastrava como um incêndio.

O chão do largo da igreja era um tapete castanho. Dos plátanos de copas em chamas, desprendiam-se folhas secas, iam tombando uma a uma, tontas de melancolia, em círculos como gaivotas, deslizando devagar, num torvelinho trémulo, como lágrimas comovidas. O jardim, com a relva dos canteiros salpicada de amarelo, parecia dormitar numa tristeza monótona que só o repuxo quebrava.

E o Outono foi agonizando lentamente. Grave e triste como um requiem. No ar, deixou aquela impressão doce c funda de nostalgia magoada, de último adeus entre ruínas, de adágio quase pungente, de violoncelo de fogo, num suspiro desesperado. Como se a natureza, varada de espanto e solidão, suspensa, nula e atónita, expirasse enfim de vez e o homem não fosse mais do que a sombra de um fantasma à deriva sobre a terra.

Mas por um sorriso divino, cujo esplendor só o hábito nos impede de ver claro, em qualquer canto remoto deste desértico abandono, germinava a seiva da vida, fermentava nos ramos nus, rebentava a terra lavrada e a natureza em silêncio ia retemperando as forças.

E era assim todos os anos, desde o princípio dos tempos, desde que do caos se fez luz, luz viva como um mistério, suave como um milagre, de que o homem é apenas uma minúscula centelha, uma frágil faiúncula, um reflexo fugaz.

Dezembro apareceu chuvoso e baço. O Inverno aproximava-se sobre as cinzas da paisagem agora naufragada em névoa. Os ramos dos choupos, esguios, do outro lado do rio, recortavam-se a traços negros, agrestes, nas colinas esvaídas. Os contornos dos telhados esfumados num céu de chumbo. A água escorrendo pelas fachadas das casas. As últimas folhas avermelhadas colavam-se ao asfalto molhado das ruas. A cidade fustigada por uma morrinha teimosa ininterrupta e miúda cobriu-se de nuvens negras boiando ao sabor do vento que desgrenhava os quintais.

Depois o tempo limpou. Apareceram tímidas as primeiras abertas, derramando uma luz mortiça sobre os laranjais de prata, curvados ao peso dos frutos. E vieram dias de sol. Anoitecia mais cedo. O Natal estava à porta. As árvores do largo da igreja foram enfeitadas com um rosário de lâmpadas ou de estrelas, suavemente suspenso nos seus ramos quase despidos.

As montras iluminadas das casas comerciais atafulharam-se de brinquedos, entre cânticos ternurentos e um repicar longínquo de sinos.

Veio o Natal dos Hospitais, transmitido pela TV. Realizaram-se as festas. Tiveram lugar os convívios. E com uma sensação de paz branda escorrendo mansamente sobre a indiferença metálica dos gestos habituais, sem quase darmos por isso, era a véspera de natal. Na Rua Vaz Monteiro e na Avenida da Liberdade, o trânsito automóvel tornou-se quase febril. Famílias que vinham de longe e atravessavam a cidade a caminho das suas terras de origem. As pessoas corriam de uma montra para a outra, de caixinhas' debaixo dos braços, entrando e saindo das lojas, mexendo e remexendo em tudo o que estava à mão, espreitando os preços, espiolhando prateleiras envidraçadas à procura das últimas compras, assistindo impacientes à confecção dos embrulhos.

Depois o ambiente de euforia quase contagiante foi-se transformado aos poucos numa e espécie de despedida. A multidão ia-se dispersando. «Boas Festas» «Feliz Natal» e cada um esgueirava-se de passo rápido a caminho de casa. Calou-se o ruído do trânsito. E a noite foi descendo como um manto de veludo, sobre a cidade recolhida. Só o latido de um cão rasgando o silêncio lá fora.

À volta da mesa, a família ficou em vigília ardente.

Uma grande paz interior. Na calma profunda da noite, o retinir dos talheres, as conversas quase em surdina. E por um momento breve, a consciência plena de uma simplicidade perdida, revela-nos brandamente todo o sentido das coisas.

Um sopro inefável de Vida cintila na soturnidade outoniça da nossa dimensão humana.

Sinais do quotidiano. O pão, o lume e a dança dos nossos gestos, a ternura e os afectos, o voo casto das palavras, a alegria das crianças, fragmentos cintilantes da realidade envolvente. Tudo ganha transparência. E o segredo da Verdade, parece tão perto e nítido, tão cristalino e claro que chega quase a sentir-se como um perfume de um cântico no silêncio do coração. Como um halo de transcendência ou um sorrido de Deus.

Sabemos então que é Natal.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Dia de Martin Luther King Jr

Celebra-se, nos EUA, na terceira segunda feira de Janeiro de cada ano, que é a data mais próximo do seu dia de nascimento.

Nascido em 15 de Janeiro de 1929, foi assassinado em 4 de Abril de 1968, com a idade de 39 anos.

Paladino dos direitos civis dos negros, seguiu os ensinamentos de não violência de Mahatma Ghandi.

Em 28 de Agosto de 1963 proferiu, junto ao Lincoln Memorial, em Washington, o que viria a ser o seu mais inspirador discurso, no qual proclamava uns Estados Unidos em que todas as pessoas seriam julgadas pelas suas crenças, ao invés da cor da sua pele. A “Marcha a Washington Pelo Trabalho e Liberdade” foi o início dum movimento que levou a América a uma maior igualdade entre o seu povo. Em 1964 foi-lhe entregue o Prémio Nobel da Paz.

Como homenagem a esta figura impar  e verdadeiro Homem Bom (que faz parte da galeria de Homens Bons do Papagaio Daltónico), transcrevo a seguir o seu discurso, que na realidade durou cerca de dezoito minutos.

martin-luther-king2

I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.

Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand today, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity.

But one hundred years later, the Negro still is not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the Negro is still languishing in the corners of American society and finds himself an exile in his own land. So we have come here today to dramatize a shameful condition.

In a sense we have come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the unalienable rights of life, liberty, and the pursuit of happiness.

It is obvious today that America has defaulted on this promissory note insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds." But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. So we have come to cash this check — a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice. We have also come to this hallowed spot to remind America of the fierce urgency of now. This is no time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism. Now is the time to make real the promises of democracy. Now is the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice. Now is the time to lift our nation from the quick sands of racial injustice to the solid rock of brotherhood. Now is the time to make justice a reality for all of God's children.

Martin Luther King, Jr., delivering his 'I Have a Dream' speech from the steps of Lincoln Memorial. (photo: National Park Service)

It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment. This sweltering summer of the Negro's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. Nineteen sixty-three is not an end, but a beginning. Those who hope that the Negro needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual. There will be neither rest nor tranquility in America until the Negro is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.

But there is something that I must say to my people who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice. In the process of gaining our rightful place we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred.

We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force. The marvelous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to a distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny. They have come to realize that their freedom is inextricably bound to our freedom. We cannot walk alone.

As we walk, we must make the pledge that we shall always march ahead. We cannot turn back. There are those who are asking the devotees of civil rights, "When will you be satisfied?" We can never be satisfied as long as the Negro is the victim of the unspeakable horrors of police brutality. We can never be satisfied, as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities. We cannot be satisfied as long as the Negro's basic mobility is from a smaller ghetto to a larger one. We can never be satisfied as long as our children are stripped of their selfhood and robbed of their dignity by signs stating "For Whites Only". We cannot be satisfied as long as a Negro in Mississippi cannot vote and a Negro in New York believes he has nothing for which to vote. No, no, we are not satisfied, and we will not be satisfied until justice rolls down like waters and righteousness like a mighty stream.

I am not unmindful that some of you have come here out of great trials and tribulations. Some of you have come fresh from narrow jail cells. Some of you have come from areas where your quest for freedom left you battered by the storms of persecution and staggered by the winds of police brutality. You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive.

Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to South Carolina, go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our northern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed. Let us not wallow in the valley of despair.

I say to you today, my friends, so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.

I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident: that all men are created equal."

I have a dream that one day on the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.

I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.

I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.

I have a dream today.

I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.

I have a dream today.

I have a dream that one day every valley shall be exalted, every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight, and the glory of the Lord shall be revealed, and all flesh shall see it together.

This is our hope. This is the faith that I go back to the South with. With this faith we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope. With this faith we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.

This will be the day when all of God's children will be able to sing with a new meaning, "My country, 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing. Land where my fathers died, land of the pilgrim's pride, from every mountainside, let freedom ring."

And if America is to be a great nation this must become true. So let freedom ring from the prodigious hilltops of New Hampshire. Let freedom ring from the mighty mountains of New York. Let freedom ring from the heightening Alleghenies of Pennsylvania!

Let freedom ring from the snowcapped Rockies of Colorado!

Let freedom ring from the curvaceous slopes of California!

But not only that; let freedom ring from Stone Mountain of Georgia!

Let freedom ring from Lookout Mountain of Tennessee!

Let freedom ring from every hill and molehill of Mississippi. From every mountainside, let freedom ring.

And when this happens, when we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual, "Free at last! free at last! thank God Almighty, we are free at last!"

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

E o deserto, aqui cada vez mais perto…

in IOL Diário:

235

 

Ramal ferroviário de Cáceres fecha a 1 de Fevereiro

 

Portalegre: Petição tenta impedir encerramento de Linha. CP diz que faltam passageiros

Os serviços regionais no ramal ferroviário de Cáceres, entre Torre das Vargens (Ponte de Sor) e Beirã (Marvão), no distrito de Portalegre, são suprimidos a partir de 01 de fevereiro, revelou esta segunda-feira à Agência Lusa fonte da CP.

«É uma questão de racionalidade de serviços e de sustentabilidade económica e financeira da empresa», explicou a diretora de comunicação da CP, Ana Portela. De acordo com a responsável, a média de procura é de «três passageiros por comboio».

A supressão dos serviços surge num momento em que o Grupo de Amigos da Ferrovia Norte Alentejana (GAFNA) lançou uma petição na Internet para que a CP desenvolva trabalhos de «manutenção e melhoramento» dos comboios regionais que circulam no ramal de Cáceres.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

«XIII Tipos de Perfis de Professores( o IX não conta)»

Com os meus agradecimentos, retirado de é @ nossa escolinha [.pt]

XIII Tipos de Perfis de Professores (o IX não conta)


Fig1. Professor-Palhaço em Visita de Estudo

Ao ler o último post minha colega, taliban da educação, fez-me reflectir ad profundis (o latim é sempre algo de bonito e quem não pesca nada de linguas mortas, diz para consigo"Aquele Pica-Mula é deveras culto e tal...") sobre as diferentes funções/hábitos/máscaras (no sentido teatral) da digníssima profissão de docente... Então, cá vamos:

i) O Professor-Freud - psicanalista, ouve em confessionário (se for DT e não só...) alunos, colegas, encarregados de educação sobre as contingências da vida de todos os envolvidos no famoso processo, seja isso o que for, de ensino-aprendizagem e no fim prescreve a sua receita para o sucesso escolar;

ii) O Professor-Freira - cheio de ética, transpira Platão e Cristo, pelo poros: a escola é sagrada, as aulas são um templo, o CD - um santo e os colegas os seus cruzados. Nunca faz greve, entrega sempre tudo dentro dos prazos e nunca diz palavrões;

iii) O Professor-Muita-Fixe (variante Professor-Palhaço) - nunca prepara as aulas, nunca lecciona aulas, nunca tem problemas na aula e todos os alunos têm aproveitamento e é um verdadeiro entretainer (um anglicismo fica sempre bem);

iv) O Professor-Folgado - distraído ou incompetente por natureza: perde os papéis e para o CD (isto, se este for benevolente) não lhe levantar um processo disciplinar, não lhe atribui qualquer tipo de cargo: não é DT, Coordenador, está sempre de baixa, etc (vagueia no pátio da escola, para fumar às escondidas);

v) O Professor-Verdinho - novo na profissão, contratado por natureza, tudo lhe parece novo: colegas, auxilares e discentes - deslumbra-se com um simples arroto de um aluno mal comportado, do 6º ano;

vi) O Professor-Muita-Ocupado - Coordenador, assessor das mijas, sempre com muitas fichas e testes para corrigir e mesmo que não tenha nada para fazer, diz sempre:"Estou cheio de trabalho, não me perturbem!", puxando, ao mesmo tempo, tragicamente, os cabelos! Ah, além disso, organiza todos os eventos escolares (variante Professor-Organizador-de-Eventos);

vii) O Professor-Tótó - mal vestido, com os pêlos do nariz a saírem da narinas que mais parecem brócolos, cheio de tiques, gozado por todos, com saídas inconvenientes para com as colegas do sexo feminino. Todos os alunos copiam nos testes;

viii) A Prof-Muita-Sexy - sente-se lambida visualmente pelo Professor-Tótó, Mata-Hari da sala dos professores, todos os rapazes vão às suas aulas, veste Prada da Chinatown e tem de Avaliação de Desempenho Docente - Muito Bom (todos os professores querem estar presentes nas suas aulas assistidas);

ix) O Electricista-a-fazer-se-de-professor-gestor-e-de-DR. (Private Joke - vocês sabem que eu sei de quem se trata, obviamente aqueles que sabem);

x) O Professor-Sabático: cheio de teses, cientifico-pedagógicas avançadas, cheio de mesuras e poses e sentenças. Narcísico, por natureza, utiliza uns palavrões das Neo-Pedagogias-da-Treta ou mostra o seu saber científico aos seus pares, de forma transbordante, numa falta de humildade, quase provocadora!;

xi) O Professor-Suissinho - dá-se bem com todos (nunca fala mal nas costas), incolor, inodoro, quase beato de Fátima... No fundo... um Mete-Nojo (no sentido de tristeza, no fim de contas é um triste solitário). Não se compromete com ninguém, mas quando precisar, ninguém o apoia - mais preocupado em salvar o seu umbiguinho;

xii) O Professor-Segurança-Social, tem normalmente a função de DT, todas as ovelhas do seu rebanho são incólumes e os professores que chumbam são os maus-da-fita!;

xiii) O professor-Mau-da-Fita (mas só a fingir), chumba no primeiro período, a torto e a direito; prepara as aulas, os alunos detestam-no, mas no fundo ele tem que sucumbir à pedagogia de sucesso do ME e passa-os a todos no último período;

xiv) O Professor-Normal: lecciona as suas aulas normalmente, trabalha de forma regular, cumpre normalmente o seu dever, tem outros gostos para além da escola, gosta de estar em família, respeita, respeita-se e é respeitado;


Sinceramente, acho que todos nós, aqueles que são licenciados/profissionalizados, temos cá dentro, da nossa pele de professor, quase todos estes perfis que emergem pontualmente de forma descompensada. Estes surgem à tona do nosso Ego, periodicamente, ao longo de cada ano lectivo - o Professor-Normal é apenas um arquétipo utópico (lá, estou eu, com as minhas manias de Professor-Sabático!!!).