Ora vejam:
«Numa escola Secundária de Cascais, o único candidato a director foi “chumbado” por 9 votos contra e 8 a favor, tendo faltado 4 membros. Como a legislação não prevê estes casos nem a possibilidade de o concurso ficar deserto, a Presidente do Transitório resolveu solicitar explicações à DREL. Telefonicamente disseram-lhe que era entendimento do senhor secretário de Estado que bastava um voto a favor para o director ser eleito!!! A Presidente pediu para lhe escreverem isso e como será fácil de entender, não o fizeram. Entretanto pediram a acta da reunião e quiseram saber se todos os membros tinham estado presentes. E foram dizendo telefonicamente que talvez fosse melhor proceder a nova votação !!!. A Presidente pediu para o fazerem por escrito e, espantosamente, passado cerca de um mês chegou um fax, dizendo que a votação deveria ser repetida, já que segundo a legislação tratar-se-á de uma segunda volta !!! Inacreditável.
Esse tal candidato a director (actual Director do Centro de formação de Cascais) foi entretanto pressionando e até dizendo que o Conselho Transitório se estava a “meter numa fria.”!!! A falta de vergonha não tem limites e isto tudo com a complacência dos serviços do ministério.
Será evidente que o feitiço se vai virar contra o feiticeiro e em nome da defesa da democracia, é esperada uma reacção muito forte de todos os membros do Conselho Geral Transitório, mesmo daqueles que votaram a favor. Porque é a democracia que está em jogo e isso com certeza soará mais alto.»
3 comentários:
Oi papagaio
bem vejo como vão as coisas debaixo da ponte. Quando por aí andava, o ambiente já era pesadote com a indisciplina a aumentar e a caravana a passar, mas ainda se fazia qualquer coisita. mas, passados dois anos, a identidade de uma escola deixou de passar pelo que se ensina para ser agora o que se tenta ensinar no meio de uma guerra civil educativa. como vos compreendo. só não dá para perceber como os colegas, cientes do que se passava, ainda votaram em quem gosta de manter as aparências e deixa correr a água sem tentar fazer barragens...
enfim, como dizem os verdadeiros cérebros: é o país que temos.
há que aguentar com bravura. eu vou travando batalhas ano após ano em sítios diferentes, sem nunca ver os frutos do meu trabalho, pois o ministério insiste em manter contratados os milhares de docentes que são necessários ao sistema de ensino português mas que não têm vaga por uma questão... de birra!
Mais um caso lamentável...
Esperemos que se confirme e, de facto, os membros desse Conselho Geral Transitório consigam ter uma reacção muito forte...
E não consigo deixar de dizer...
sempre é lá para os lados da capital... perto do ministério... onde gravitam mts dos eruditos da educação....
fosse noutro lugar, e a esperança de reacções fortes seria mais fraquita...
e (sem ironia) não é que sinta que, aqui "pelo burgo" (expressão do Hzolio) não haja liberdade de expressão... ou que sejamos condicionados sabe-se lá por que meios... devo dizer em abono da verdade que nunca senti qualquer tipo de repercussões por expressar abertamente a minha opinião.
(Ligar a ironia) E se não é medo disto... o que será... talvez tachismo... comodismo... faltadeprofissionalismoismo... facaditanascostasismo... não sei...
pondo de parte o meu ligeiro misantropismo, fico na esperança que seja apenas ignorância...
dessa padecemos todos, e portanto, é-me mais fácil de aceitar.
Mas chega... esta bicada está-me a saber a azedo...
Gd Abraço!
Pois o argumento desta comédia da eleição dos directores ainda vai no adro.
Aqui bem perto, mais concretamente em MONFORTE, o Conselho Geral Transitório deu uma nega aos dois candidatos ao cargo de Director: projectos vergonhosos, sem defesa possível na entrevista; currículos pobres... enfim, nódoas que o CGT evitou que sujassem a sua escola. Dos vinte elementos presentes, 18 disseram não à incompetência, irresponsabilidade... duas pessoas acharam que deveria proceder a eleição (poderiam votar em branco, quem sabe? O voto foi secreto!).
De consciência limpa, contra tudo e contra todos tomou-se a decisão que pareceu a melhor para a Escola. Mas não, não pode ser, disse o Senhor Director Regional. Há que proceder à eleição, há que votar num. Nem que, tal como o caso, aqui falado, o Director venha a ser eleito com apenas um voto. Pasme-se! Ou não, porque este país já não surpreende. A caca é tanta que nos vamos habituando a ela. Ou não! Ai Sophia, Sophia:
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Este país dos energúmenos que têm ao fundo da cama, para ler logo pela manhã «Eu sou bom! Eu tenho as costas quentes. Eu quero, posso e mando!» podem ir inchando (por enquanto!) porque não esqueçam (e agora vou socorrer-me do Manuel Alegre)«Há sempre alguém que diz Não!!!!.
À espera dos próximos tristes capítulos.
Um abraço desta AVE RARA para o Papagaio Daltónico
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