quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A propósito do nosso Aeródromo...

Foto (um pouco desactualizada) daqui

Já disse aqui, por mais de uma vez, que considero o Aeródromo uma mais valia para a nossa cidade e para a nossa região. Posso até apontá-lo como uma boa decisão em termos de desenvolvimento de toda uma zona cada vez mais desertificada.

As obras seguem a bom ritmo, apesar das contestações feitas por ecologistas e demais autoridades. Claro que não estou muito bem dentro de todos os tramites e desenvolvimentos, mas parece-me, no mínimo, esquisito o quase total arrasamento (nem sei se a palavra existe...) de tão vasta área de árvores e vegetação! E não faço comentários sobre o deslocamento de terras da obra para o leito da barragem... criando (ilegalmente!) mais área de possível construção para favorecer terceiros!

Do que vou falar mesmo é do que poderá significar o Aeródromo para todos nós.

As obras de alargamento da pista principal irão dotar o Aeródromo de um total de 2.2 km de pista (segundo mediações «científicas» que fiz... com o meu carro!). Para terem uma ideia, basta compararem com as pistas dos Aeroportos internacionais de Lisboa e Porto, que têm, no seu máximo, pouco mais de 3500 metros. Não sendo um especialista de aviões, creio que 2200 metros já são um comprimento considerável para aeronaves, digamos, mais de carreira, tipo Airbus dos mais modestos. Estarei errado? Por favor, corrijam-me.

E pergunto eu: Por que não aproveitar o nosso Aeródromo e sonharmos um bocado mais?

Eu explico. Já sabemos que Alcochete é caso encerrado, vai avançar e pronto. O novo aeroporto irá nascer, será uma realidade, daqui por uns anos. A sua dimensão será a de qualquer aeroporto internacional, obviamente.

Quem acompanha o progresso dos transportes, sabe que, no que concerne à aviação, há um desenvolvimento de alternativas às grandes companhias de transporte aéreo. Falo, claro, das companhias «low cost».


Para quem não sabe, as companhias «low cost» funcionam de acordo com a sua denominação, ou seja, com baixo custo. Conseguem essa redução cortando tudo o que é supérfluo:
  • refeições no avião, só pagas;
  • jornais, quem os quiser que pague;
  • pouca exigência na limpeza das aeronaves;
  • pessoal de cabina, só o indispensável;
  • se levar mais bagagem (além da de mão) tem de pagar uma sobretaxa (eu sei, que já paguei um balurdio por uns quilinhos a mais)
  • não têm balcões de atendimento nos aeroportos;
  • cada um faz o seu check-in;
  • os bilhetes são comprados pela internet;
  • e, o mais importante, para evitarem as avultadas taxas de aeroporto, só utilizam aeroportos secundários!

E é aqui que nós entramos:

Por que não propor o nosso aeródromo para crescer um pouco mais e ser um aeroporto secundário?


(...e é aqui que os velhos do Restelo e as almas cínicas se começam a rir e a dizer que, além de daltónico, sou maluco!)

Ponte de Sor, propondo-se para Aeroporto secundário, daria um grande passo rumo ao Futuro, desenvolvendo a cidade, o concelho e todo o Alentejo. E tudo o mais que dependesse deste facto. O desemprego poderia ser minorado, a restauração e a hotelaria, outras industrias, o turismo, etc etc etc...

Ora reparem: em linha recta, o nosso Aeródromo ficará a cerca de 70 km do futuro Aeroporto de Alcochete (segundo medições com o Google Earth).

Comparemos com outras cidade europeias: o Aeroporto Charles de Gaulle dista cerca de 25 km da cidade de Paris; Heathrow sensivelmente o mesmo de Londres; Gatwick, aeroporto secundário de Londres, 50 km; Gardemoen, aeroporto de Oslo, 50 km do centro da cidade; Barajas, em Madrid, 20 km...

Poderia continuar a dar muitos exemplos, mas o que é um facto é que em termos de aviação, 70 km é «vou ali já venho»!

Se alguém responsável da autarquia quiser pegar na ideia, força, têm o meu apoio. Dispenso os direitos de autor! Se acharem que é uma ideia idiota, então adeuzinho até amanhã!
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2 comentários:

Anónimo disse...

A mim parece-me uma optima ideia :D

Mas sabes, para o nosso presidente, és oposição, o que já torna a tua ideia um disparate (por muito boa que seja)!

Não é o que queremos, mas é o que temos!

PS: Talvez o Saraiva aproveite a tua ideia, ele que, legal ou ilegalmente tem construido tudo quanto pode!

Papagaio disse...

Quem sabe... Poderá aparecer alguém com bom senso e consiga ver alguma bondade na proposta!

Já sabemos que, infelizmente da competência ou inteligência das pessoas, o que conta («politicamente» falando) é a cor da camisola!