terça-feira, 5 de outubro de 2010

5 de Outubro, Dia da República

A minha frase para a “milionária” celebração do Centenário da República:

Quanto mais conheço e vejo «esta» República, mais monárquico me sinto!

 

bandeira

imagem: http://pitecos.blogs.sapo.pt/320623.html

1 comentário:

José disse...

Os políticos, esta classe dominante saída da euforia revolucionária de 1910, de 1974 e do pós 25 de Novembro de 1975, aí está como o exemplo acabado do rolo compressor sobre o "Bom Povo Português".

Andámos um século para agora chegarmos à conclusão que para termos uma liberdade precária temos que pagar um tributo alto de mais. Mistificámos um sistema político que não funciona, pouco produz, pouco inova, e que pede à classe média e ao povo trabalhador uma renda insuportável.

O País avançou ao passo do natural desenvolvimento dos vizinhos europeus, do tempo das vacas gordas do crédito, e da televisiva ilusão de que o consumo é a grande catarse populista.

Vivemos acima do que podemos, mas vivemos ao menos uma vez na vida com algum conforto.

Do LCD ao carro cinzento metalizado, das férias a crédito numa foleira ilha espanhola, da casa nos subúrbios com ar condicionado... uma longa lista podia traduzir o pensamento e os hábitos do português que vota Sócrates, e quer dar agora uma nova oportunidade a um tipo novato, que pinta o cabelo e tem voz maviosa. O portuga deseja renovar o passe a um Presidente que foi o grande engenheiro do Portugal gastador, novo-rico e pouco dado a esforços intelectuais.

Viciado em lojas de marcas, em novelas e em revistas de pindéricas recauchutadas, Portugal passou do aluno marrão do tempo cavaquista, ao calinas da temporada socratista. Esqueceu as contas de somar, prefere as de sumir.

Entre o faduncho da moda e a cozinha criativa, o português esqueceu o cozido e a bacalhauzada, está agora numa dieta rigorosa, estúpida como todas as dietas feitas a comprimidos e não baseadas numa alimentação básica, sólida e duradoura.

Uma República das bananas e de bananas.

Um século de passado, um milénio de futuro incerto.