Homicídio no Brasil
“Uma grande maldade”
Foto: Correio da Manhã
Morte de João Carlos Lobato, assassinado a tiro, é tema de conversa em ruas e cafés de Ponte de Sor.
'Foi uma grande maldade o que lhe fizeram. Quem tem desavenças resolve-as a conversar, não a tiro', diz ao CM Vasco Zêzere, residente em Ponte de Sor e conhecido da vítima. O mesmo popular, que teve contacto com João Lobato ao longo da vida, recorda: 'É de famílias importantes da terra, ligadas à cortiça e à agricultura. Mal sabia que ia encontrar lá a morte quando decidiu emigrar', lamenta.
Tal como o CM noticiou, dois homens encapuzados esperavam-no no dia 9 à chegada a casa. Dois tiros à queima-roupa mataram o português dentro de casa num condomínio de luxo em Aruanã, no estado de Goiás, Brasil, local onde prossegue a investigação (ver peça secundária).
Os familiares só conhecem desavenças de João com a ex-mulher, Sílvia, uma advogada de Goiânia com quem teve uma filha, Nicole, actualmente com três anos. Não duvidam de que a vingança foi o móbil que levou à contratação de mercenários.
Em Ponte de Sor a opinião sobre a vítima é unânime: 'Bom rapaz, sem inimigos nem problemas.' Ninguém esconde que João Lobato era considerado um bon vivant, sobretudo após a morte do pai, que o deixou com uma enorme fortuna, mas que apesar dessa condição era bem considerado. A mãe e uma irmã, a família mais próxima, residem na região de Lisboa. Em Ponte de Sor João Lobato mantinha uma casa onde ficava de três em três meses para tratar dos seus negócios.
'ELE ERA UMA JÓIA DE MOÇO'
No café-restaurante Jardim, próximo da casa da vítima, em Ponte de Sor, e onde João Carlos costumava conviver com os amigos quando vinha a Portugal, a notícia caiu como uma bomba. 'Conhecia-o muito bem, desde cachopo. Estava de bem com a vida, ninguém imaginava uma coisa destas', assegura ao CM Francisco Tomaz, proprietário do estabelecimento. 'Apaixonou-se por aquela terra mas não cortou os laços a Ponte de Sor. Quando vinha estava com todos de quem gostava. Uma jóia de moço. Não há nada que se possa apontar', assegura Francisco Tomaz.
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