sexta-feira, 18 de junho de 2010

As «grandiosas» Festas da Cidade...


O meu comentário:

Já nem falo no sítio onde as festas se irão realizar, demasiado exíguo para umas festas que se querem dignas e bonitas. Imagino o caos que se irá ter no dia 9, com José Cid. Calculo que, com alguma dificuldade, a maioria das pessoas conseguirá ver um bocadinho do chinó do homem...

Mas afinal o que é que custa arranjar um sítio (ou vários) com hipótese de espaço, para os pontessorenses poderem receber condignamente quem nos visita?

Calculei que, como se celebram os 25 anos de cidade, a edilidade conseguisse arranjar um cartaz mais de acordo com o impacto que umas «Festas da Cidade» sempre impõem. (E foi para «isto» que se acabaram as Festas de Agosto?)

Mas notem: gosto muito da Zona Ribeirinha! Acho uma zona agradabilíssima, embora pudesse ser melhor conservada, mas não podemos ter tudo. A zona de bar(es), então nem se fala. Um cantinho minúsculo que não dá para todos quando a sede aperta.

Creio ser a zona perfeita (sim, a zona perfeita) para os espectáculos do Festival Sete Sóis Sete Luas, geralmente pouco virados para o grande público. Mas para as Festas da Cidade?!

Rebusco no meu álbum de memórias e lembro-me do espaço que se conseguiu criar no antigo Largo da Feira, 1981, 82 por aí, com bastante espaço para expositores, bares e espectáculos, com um cartaz de fazer inveja a muitas festas em redor. Aquele ano em que se conseguiu juntar os Da Weasel (a darem os primeiros passos) e Emir Kusturica, então foi uma maravilha.

Com sorte, o Rancho da Casa do Povo de Ponte de Sor conseguirá «ressuscitar» uma vez mais, as Festas de Agosto, estas, sim, umas festas de cariz verdadeiramente popular e que desperta em todos nós um prazer e um espaço do ano que já foi nosso.

E só espero que as Festas do Crato não morram! Essas, sim, as maiores do Sul, quiçá de todo o país!
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3 comentários:

Filipe disse...

Amigo Papagaio,
Cá vai o programa do festival do Crato 2010, em vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=WROoRA7Sc7g&feature=player_embedded


vejam as diferenças!!!

Paula M. Costa disse...

Papagaio, tens toda a razão quando falas na qualidade das festas e no limitado espaço onde elas são realizadas, embora isso certamente se vá verificar mais no espectáculo do José Cid.
Não estou muito de acordo quando questionas se as Festas de Agosto acabaram para "isto".
"Isto", como dizes, não veio substituir as Festas de Agosto. O que acontece, foi que anteriormente, a Câmara gastava o dinheiro (algumas vezes talvez mais do que agora)nos conjuntos e artistas para as Festas de Agosto além de ter o trabalho de montar e desmontar tudo enquanto as associações participativas na Festa só lá íam "colher os frutos" porque trabalhar ninguém quer.
Vê o que se passa, por exemplo com o Baile de S. Pedro que, era feito pelo Eléctrico. Claro, agora não é necessário trabalhar para arranjar algum dinheiro pois a Câmara dá-lho de mão beijada...
Voltando às Festas de Agosto, eu vejo-as como "festas populares". As pessoas reunidas em associações (ou não) é que trabalham para as fazerem e a Câmara normalmente dá alguma ajuda que é o que se passa nas restantes terras do concelho.
Se o Rancho da Casa do Povo "se der ao trabalho" de as fazer, isso é de louvar porque, afinal, sempre há quem queira trabalhar.
As Festas do Crato são realmente, durante quatro dias, do melhor que por aí há mas, e os restantes dias do ano? O que é que há no Crato?
Aqui, embora a qualidade não seja a melhor, mas temos espectáculos todos os fins-de-semana durante os meses do Verão (na zona ribeirinha) além de outros ao longo do ano no teatro-cinema...

Papagaio disse...

Cara Paula

Obrigado pelo seu comentário.

No geral, concordo com as suas palavras. A nostalgia toca-me com força cada vez que me lembro das Festas de Agosto. Era um tempo especial, onde se notava que, quem trabalhava, o fazia desinteressadamente.

Mas os tempos mudaram. A Ponte de Sor vila cresceu e fez-se cidade. E resolveu celebrar. A Câmara chamou a si essa tarefa e, de certo modo, isso «matou» aqueles dias de Agosto em que a nossa vila mais parecia uma cidade. E as pessoas deixaram de correr «por amor à camisola».

Concordo igualmente que era fácil receber a ajuda da Camara, mas posso-lhe dizer que fiz parte da organização dalgumas dessas festas e fomos nós todos, um grupo de malta nova, que não vendo interesse de ninguém pegar na festa (Câmara inclusivé) resolvemos organizá-la, em conjunto com os Bombeiros e, salvo erro, o Eléctrico, no espaço em frente do Tribunal. Decerto as pessoas se recordarão daquele ano em que tivemos cá o Marco Paulo...

Mas adiante. Tudo isto é irrelevante para o principal do meu poste: a nossa cidade merece um espaço mais condigno para realizarmos as Festas da Cidade! Tão simplesmente isso!

Quanto às Festas do Crato, já discordo um pouco de si. Se perguntar às pessoas, talvez prefiram uns dias com uma festa mais «à maneira» do que um ano de outras actividades artísticas ao longo do ano. E algumas de gosto bastante duvidoso...

Mas isto sou eu a falar...