domingo, 6 de junho de 2010

Da Vida e da Morte...

Ui.... Hoje estamos macambúzios ou quê?

Pois é, depois de esperar por estes diazinhos, espécie de fim de semana 'king size', as coisas não podiam começar pior.

Logo na Quinta, uma notícia que se estava à espera mas que nunca se espera: o João Coelho, após uma luta desigual com aquela doença estúpida e fatal chamada cancro, desistiu de lutar e descansou, finalmente. Após sofrer tanto tempo... Faz-nos desejar sermos assim um pouco máquinas, um pouco cibernéticos, com uns botões que se pudessem desligar...

E lá fomos, após umas permutas na escola, aproveitar estes dias. Coimbra foi o destino. E lá chegados, pudemos então descansar um pouco.

Ontem tomei conhecimento de (infelizmente) mais um daqueles acidentes estúpidos, sem sentido, que nos abalam por dentro... Três mortos, avó, mãe e filho. O Bruno Coelho, 14 anos e aluno do 8º ano da nossa escola... Tanto para viver, toda a vida pela frente... «Ars Longa, Vita Brevis». Ou «A Vida É Curta»; como diria a nossa juventude, «A Vida É Bué De Curta»!

E com algum cinismo, poderíamos pensar que em todo este caso há subjacente uma auréola de... digamos, sentido poético. Porquê? Toda a família ia visitar o avô ao hospital, que se encontrava às portas da morte... e acabaram por fazer a 'viagem' primeiro que ele! Que acabou por morrer mais tarde!

Hoje, domingo, fizemos o caminho de regresso para Ponte de Sor. Sempre a pensar neste e noutros casos da nossa vida.

E eis-me que, perto do Vale de Cortiças, uma besta... perdão, uma Besta... ou melhor dizendo, uma Grande Besta, jovem, imberbe e inconsciente, conduzindo, na direcção de Abrantes o seu reluzente BMW cinzento, achando que poderia ultrapassar quando, como e quem quisesse... E aparece-me, em alta velocidade, ultrapassando três de enfiada, mesmo à frente!

Não sei como foi que se passou, não sei como fazemos certas coisas... por instinto, talvez?

E interrogo-me por que razão a juventude insiste em fazer da estupidez um modo de vida?

Valerá a pena?

1 comentário:

Pedro F. disse...

Caro Papagaio

creio que te enganaste, visto que o avô do Bruno, embora em estado muito grave, ainda não morreu.
Mas tudo isto não deixa de tirar a impressionante manifestação de pesar que foi o funeral desta família.

Continua.

Pedro