quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O Rei do Azar

Imagem: Público

Nas provas de ciclismo habituei-me a ver aquela figura trágico-cómica do rei do azar, o vencedor daquele ridículo Prémio do Azar.

E quem era ele? Era aquele desgraçado que caíra cinco vezes, deslocara a omoplata, rebentara os joelhos, se esfolara todo mas, mesmo assim, conseguira terminar a etapa.

Confesso que, mesmo gostando muito de desporto, tenho andado um pouco afastado do ciclismo, verdadeiro laboratório de dopings e outros «auxiliares de esforço físico», se percebem o que eu quero dizer.

Pois bem, este post é dedicado ao verdadeiro Rei do Azar, de seu nome José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, cidadão de 52 anos natural de Vilar de Maçada, actualmente Primeiro Ministro do XVIII Governo Constitucional.

E se ele não é o rei do Azar, então já não sei nada. Senão, atentem:

O homem tem sido perseguido pelo azar desde os tempos em que se alistou na JSD, no pós 25 de Abril, quando ainda militava pelas terras serranas da Covilhã.

Em 1981 filiou-se no PS e seis anos depois foi eleito deputado, realizando o sonho de ir para Lisboa.

Azar nº1:

Nos anos 80 foi responsável por alguns projectos no distrito da Guarda, quando não tinha ainda capacidade para tal. A qualidade e o arrojo arquitectónico de algumas obras falam por si. basta ir à net e procurar. Mas como o mau gosto não paga imposto... as obras deste homem estão isentas!

Azar nº2:

Para concluir a sua licenciatura, a Universidade Independente inovou instituir aulas a um domingo para que o pobre do José pudesse concluir a sua... tarefa. Os restantes pormenores desta licenciatura são por demais conhecidos, desde as famosas notas de Inglês Técnico, passando pelos exames feitos por amigos, etc. E para que tudo terminasse bem, e que tal encerrar a Independente? Ora toma!

Azar nº3:

O «caso Cova da Beira», onde corrupção e branqueamento de capitais envolveram o nome do nosso Primeiro. Claro que documentos foram destruídos, mas mesmo assim, é um azar do caraças o nome do pobre José aparecer eivado de suspeita de corrupção. Mas felizmente foi tudo arquivado «por falta de provas»!

Azar nº4:

A compra da casa do José, no edifício de luxo «Heron Castillo» é mais um caso do extremo azar do homem. Logo alminhas mais invejosas, não conseguindo ombrear com o José em termos de moda, resolveram dizer que a compra da sua casa foi tudo menos... limpa. E isto tudo só porque Sócrates conseguiu comprar a casa a um preço muuuuuito abaixo do de mercado... E que culpa tem ele de conseguir fazer um bom negócio? Invejosos!!!

Azar nº5:

O caso Freeport, ai ai, o caso Freeport... Provavelmente vai tudo dar em águas de bacalhau, tudo irá prescrever e no final terá dado para se vender mais uns jornais, mais umas horitas de telejornal, mais umas lições condensadas do «Manual de Ética da Classe Política» e de «Como fazer Justiça na Política»... Felizmente para o José!

Azar nº6:

Um homem já não pode ter amigos que logo o ligam com todos os tipos de tropelias e ilegalidades...
Que culpa tem José Sócrates que Armando Vara goste mais de dinheiro do que macaco gosta de banana? E que lhe tenham arranjado mais este «Face Oculta»?
E que culpa tem José Sócrates que tenha sido sócio de Armando Vara nos idos de 90 na Sovenco?

Mas graças a Deus e a todos os políticos honestos e sensatos que este ufanar da comunicação social irá ter um fim, pois as escutas das conversas do senhor Primeiro Ministro estão blindadas por uma legislação no mínimo... estalinista! Parece daquelas decisões que qualquer Politburo soviético teria toda a honra de deitar cá para fora. A bem da Nação!

Azar nº7:

Pois bem, José Sócrates não gosta da comunicação social, pim! Principalmente daquela que gosta de esgravatar fundo para ver os podres que se escondem. Por isso, vá de se fazer pressão em tudo o que é jornalista narigudo! (Como som de fundo ouço José Sócrates dizer «o quê? eu adoro a comunicação social, a comunicação social adora-me»)

É uma extraordinária coincidência o nosso José já ter processado 9 jornalistas... mas perdeu todos os casos em tribunal!

...E digam-me lá vocês se o homem não é mesmo azarado?!

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