sábado, 29 de maio de 2010

Postais da Noruega: Epílogo

Epílogo (do grego epílogos - conclusão, pelo latim epilogus) é uma parte de um texto, no final de uma obra literária ou dramática, que constitui a sua conclusão ou remate. (in Wikipedia)


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Parece mentira, mas já se passou quase uma semana desde que regressámos e eu nunca mais escrevi nada sobre a Noruega. Mas a explicação é simples: precisei de tempo para poder processar toda a informação que recebi, todos as vivências, conhecimentos…


Os últimos dias lá passados (Quinta e Sexta) foram utilizados para terminarmos os trabalhos iniciados nos diferentes países, executados na Noruega, bem como a preparação das tarefas seguintes do projecto, porque a próxima reunião do Projecto será em Outubro, em Galati, na Roménia.


Na Quinta, dia 20, iniciamos o dia cedo, como habitualmente, pelas 8 e meia, quando os últimos grupos apresentaram os seus trabalhos terminados na véspera, o nosso incluído. O Nuno e o Ricardo brilharam, fazendo uma apresentação muito boa, por todos os países elogiada.


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Durante o resto da manhã, foram delineados outros trabalhos, onde cada grupo de trabalho elaborou um portefolio com todas as indicações de cada elemento do grupo.


O trabalho correu de forma tão perfeita, que quase nem demos por chegar o meio dia, hora de almoço… oferecido pela escola!


E que almoço original foi esse, meus amigos!


A cozinha era, no mínimo, original: uma tenda construída à maneira da comunidade Sami (ou lapões, como também são chamados), com lume de chão. E com bons cozinheiros, a condizer!


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Quanto ao pitéu, era… bem, tinha batatas, legumes… era um guisado de rena! Hmmm… Uma delícia, acompanhado com pão Sami… Posso dizer que, depois dum pitéu daqueles, ninguém ficou com fome!


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Depressa chegaram as 2 da tarde… hora a que as aulas terminam na Vikstrande Skole! Outros costumes! Pois!


Regressámos a Finnsnes onde, finalmente, tivemos algum tempo livre. Uns aproveitaram para ir às compras (coitados, não tiveram muito tempo, pois as lojas fecham às 16.30…), outros começaram a preparar o jantar. Que seria internacional, com várias especialidades dos diferentes países… queijos lituanos… vinho português… enchidos romenos… bolos suecos… salmão norueguês…


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Foi o tempo de trocas de lembranças, canções e danças do todo o mundo, discursos, mas também de reflexão sobre todo o trabalho efectuado.


Rápido chegou a hora de cada um se dirigir aos seus quartos, mas… Aquela luminosidade da meia noite norueguesa, aquele brilho constante que nos entrava pelos quartos… Era uma sensação muito confusa, passear pelas ruas de Finnsnes após a meia noite, parecendo que eram 6 da tarde, com um silêncio sepulcral apenas interrompido pelo piar das gaivotas! E meu Deus! Como elas são barulhentas!


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Na Sexta, 21, instalou-se em todos aquele ambiente de fim de festa, de encerrar a barraca, de terminar os trabalhos. Notava-se nas caras de todos: dos alunos, dos professores, das famílias…


A última manhã de trabalho na Vikstranda foi aproveitado para fazermos a avaliação do que fora feito até ali, de limar arestas para futuras tarefas e também para fazermos uma última visita à escola.


A Vikstranda Skole é a única escola de Vangsvik, construída em 1972 e renovada em 2002. Tem cerca de 20 professores e 135 alunos, do 1º ao 10º ano. As aulas começam às 8.30 e terminam às 14.10. Tem um ginásio, um campo de futebol e bosques e montes em seu redor. Que no inverno se enchem de neve, o que faz as delícias da pequenada!


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Também tem uma piscina interior, aquecida (claro!), o que, na Noruega, é um equipamento essencial e obrigatório em todas as escolas. E a explicação é simples: uma vez que a Noruega tem uma costa imensa (é quase uma ilha), o Ministério da Educação estabeleceu como uma meta essencial a obrigatoriedade de todos os alunos aprenderem a nadar.


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Sobre a escola, muito mais há para dizer. Lá terá de ficar para mais tarde.


Como dizia, regressámos a Finnsnes, onde uma jornalista nos esperava para uma entrevista sobre o projecto. Com os elementos de todos os países presentes, foi com surpresa que vimos que a jornalista não teria mais de 16 anos! Lá conduziu a entrevista em inglês perfeito e agora só esperamos a edição do Nordlys, o jornal da província de Troms. Esperamos ter depois a tradução, porque o norueguês...


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Regressados a casa, era hora de começar a empacotar a tralha, pois tínhamos de sair cedo para Bardufoss e iniciar o caminho de regresso. Foi tempo de mais umas fotografias, apreciar uma vez mais o ambiente e começar a antecipar as saudades que teríamos daquele sítio.


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À noite (estranho conceito, este… ‘Noite’ mas com luz do dia!) tivemos o nosso jantar de despedida, com todo o grupo do Projecto e de vários professores da Vikstranda Skole que nestes dias connosco trabalharam. Sem esquecer Ulf Fredriksen, o Director da Vikstranda, homem de múltiplos talentos, com uma voz capaz de fazer inveja a muitos cantores!


E o jantar teve lugar numa tenda Sami que existia no quintal da casa onde ficámos nestes dias, ‘Finnsnes Gaard’. Foi servido um churrasco de salmão e de carne, com as gaivotas sempre a acompanharem-nos, tentando roubar sempre qualquer coisa!


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Um perfeito final! Que poderíamos desejar mais? Apenas um regresso seguro a Portugal, o que esteve quase a não acontecer, pois os aeroportos de Bardufoss e de Oslo estiveram encerrados devido às cinzas do Eyeffio… qualquer coisa! Mas foi sol de pouca dura, pois voltaram a abrir no fim de Sexta.


E no Sábado já estávamos em Portugal!

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1 comentário:

Joana disse...

Finalmente tive tempo para "desalunar". Parabéns! Era bom que os nossos alunos tomassem conhecimento deste projecto e ouvissem da boca dos colegas as suas experiências.