Chegada de Pirro a Roma
Era uma vez um General grego que se chamava Pirro. Viveu entre 318 e 272 a.C. (como sabem, na época antes de Cristo -a.C.-, os relógios andavam para trás...)
Ora o bom do Pirro, sendo General e grego, era um dos maiores opositores de Roma e andava sempre às turras com os romanos. Era Rei de Épiro e Macedónia, e por isso votava no PPM lá da terra dele!
O pai de Pirro, Alexandre II do Épiro, morreu quando ele tinha dois anos. Tempos atribulados, portanto. Pirro foi chamado ao poder aos 17 anos mas foi logo destronado de seguida.
Para encurtar a história, o seu reino foi dividido, houve mais não sei quantas batalhas e Pirro acabou por ser prisioneiro de Ptolomeu I (sim, o do Egipto).
Nestas coisas da História, há tipos com muita sorte! Então não é que o bom do Pirro se viria a casar com Antígona, filha de Ptolomeu? Pois é, e como brinde reconquistou o seu reino de Épiro e, mais tarde, a Macedónia!
Mas não há bem que sempre dure e, por isso, o nosso amigo Pirro voltou a ser destronado por um antigo aliado, Lisímaco, que o expulsou da Macedónia.
Como isto já vai longo e ainda não cheguei onde quero, direi que Pirro, nos tempos seguintes, lutou bastante com os Romanos, tendo a grande vantagem de nunca ter sido confrontado com Asterix, Obelix e os irredutíveis Gauleses naquela pequena aldeia perdida na longínqua Bretanha!
Entre vitória e derrotas, Pirro lutou na Itália e na Sicília. Aqui, o seu carácter despótico e ditatorial fez com que as suas vitórias não fossem bem recebidas, vendo-se na obrigação de abandonar a Sicília e regressar à Itália.
Por terras de Berlusconi, o nosso amigo Pirro voltou a não ter muita sorte, sendo obrigado a regressar a Épiro.
Como general, as maiores fraquezas políticas de Pirro eram a falta de concentração e apetência para esbanjar dinheiro, uma vez que grande parte dos seus soldados eram mercenários, que naquela época não eram propriamente baratos!
A maior participação de Pirro para a História foi a expressão «Vitória Pírrica» ou «Vitória de Pirro», alusão à Batalha de Ásculo, que este venceu mas com um número enorme de baixas, considerando o número de combatentes na batalha.
Quando lhe deram os parabéns pela vitória, Pirro terá dito:
«Mais uma vitória como esta e estou perdido!»
Os inimigos Romanos só tiveram que esperar o natural enfraquecimento das tropas de Pirro para poderem vencer, expulsando o invasor de Itália e enviando-o de regresso a casa.
(Não sei porquê, ontem, ao final da noite, no rescaldo das eleições e ouvindo o nosso futuro Primeiro Ministro, lembrei-me de Pirro!)
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Ah, como nota de rodapé e para terminar, o General Pirro terminou os seus dias de uma forma um tanto ou quanto prosaica: numa batalha nas ruas estreitas de Argos (deviam ter uma fábrica de leite lá perto!), uma velha, no alto do seu telhado, atirou uma telha que caíu em cheio na cabeça de Pirro, atordoando-o. Caíu do cavalo e um soldado inimigo que passava por ali, olhou e disse «olha o General Pirro, vou acabar com ele» e pronto fim da história que hoje já chega!
(fonte: Wikipedia)