quinta-feira, 3 de setembro de 2009

«Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte.» - Sigmund Freud


Hoje não me apetece escrever sobre nada.

Não me apetece escrever sobre a escola,

- sobre a política,

- sobre futebol,

- sobre governos,

- sobre nada.

Quem somos nós, perante a morte? Nada! Do pó vieste, em pó te tornarás.

Perante a morte, colocamos tudo em questão: Deus? Buda? Alá?

Perante a morte, temos as cinco etapas para a aceitação:

1ª - Negação: não acreditamos que algo tão horrível nos irá acontecer;

2ª - Raiva: manifestamos toda a ira e raiva sobre o que nos aconteceu;

3ª - Negociação: tentamos negociar com Alguém lá no alto, fazendo juras eternas de alteração da nossa conduta;

4ª - Depressão: começam os choros e lamentos sobre o nosso destino;

5ª - Aceitação: quando fazemos as pazes com o Criador, resignando-nos ao nosso destino.

Mas nunca chegam. Nunca chegam para explicar por que razão alguém, de 47 anos, tem que partir, deixando todos os amigos e familiares sem saberem como lidarem com o facto.

Fica o eterno PORQUÊ?

O Zé Manel pouco mais novo era que eu. O seu destino foi rápido, quase fulminante. No meio de sofrimento, partiu ontem, para o Eterno Além.

A sua alma, o seu espírito (chamem-lhe o que quiserem) ficará sempre entre nós, entre aqueles que o conheciam, que com ele privavam. Não era dos meus amigos mais íntimos, mas conhecíamo-nos desde a escola primária, somos quase da mesma idade, os nossos caminhos foram sempre feitos em Ponte de Sor.

O Zé Luis, seu irmão, a esposa, filhos, toda a família, nesta hora difícil merecem todo o nosso apoio, toda a nossa solidariedade. Por isso, mais do que palavras, mais do que choros, lembremo-nos do Zé Manel como ele era. Tentem lembrar-se quando ele sorria, das coisas boas que fez. Essa será a melhor homenagem que lhe podemos prestar.

Justificar completamente
E de repente, todos os nosso problemas parecem tão pequeninos...

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