quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Sobre CEFs, PIEFs e outros que tais...


Um dos temas que, frequentemente, nos ocorre, quando falamos de igualdade de oportunidades e ensino para todos, é a existência de cursos virados para aqueles alunos mais... digamos, problemáticos: CEFs, PIEFs, etc.

Justifica-se a sua existência, nos moldes actuais? Por que não a ressuscitação dos antigos cursos industriais e comerciais, como aqueles que já existiram na antida Escola Técnica de Ponte de Sor?

Do blog ProfAvaliação retirei este post, com o qual concordo, não a 100, mas a 200%!

1. Até 1975, Portugal estava dotado de um sistema de ensino técnico de elevada qualidade. Era um ensino ministrado em escolas técnicas: comerciais ou industriais consoante a oferta dos cursos. O actual PR, Cavaco Silva, é um produto desse ensino: frequentou uma escola comercial, fez os preparatórios para o Instituto Comercial e, de seguida, entrou no ISCEF, hoje ISEG. Acabou por se doutorar na Universidade de York (UK).

2. Em 1975, o ensino técnico foi desmantelado na voragem do PREC com o argumento de que era um ensino para alunos pobres e que a igualdade de oportunidades exigia um ensino unificado. Procedeu-se, então, à unificação do ensino básico de 9 anos com a respectiva eliminação dos cursos técnicos.

3. Uns anos mais tarde, era ministro da educação o falecido José Augusto Seabra, houve uma primeira tentativa de reanimar o ensino técnico, criando cursos dessa natureza a partir do 10º ano.


4. De seguida, surgiu o movimento de criação de escolas profissionais privadas com uma oferta de ensino profissional para alunos dos 10º, 12º e 12º anos, em grande parte com financiamentos europeus.


5. Mais recentemente, com o consulado de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues, a aposta no ensino profissional intensificou-se e procedeu-se à criação de CEFs para alunos com mau desempenho escolar, a quem esses programas alternativos permitem a conclusão do 9º ano em menos tempo do que o normal e com o recurso a um currículo mais simples.


6. Há quem defenda que, em vez dos Cefs, as escolas públicas deveriam oferecer ensino profissional a sério a partir do 7º ano de escolaridade. Essa oferta seria feita apenas em escolas especialmente dotadas de equipamentos e recursos humanos qualificados para o efeito.

Qual é a sua opinião? Justifica-se a aposta no ensino profissional a sério logo a partir do 7º ano? Ou isso é uma forma de violar a igualdade de oportunidades?

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