terça-feira, 2 de junho de 2009

Estava eu, calmamente...

...na sala dos professores do meu templo do saber, quando, subitamente, me lembrei de Clemens Brentano.

(mas quem raio será este Brentano?
a próxima aquisição do Benfica?
outro candidato para presidente dos lagartos?
o filho bastardo de pinto da costa, irmão do emplastro?)

Não, nada disso. Brentano foi um dos maiores escritores romanticos alemães que viveu nos séculos XIX e XX. Recordo-me muito bem dele, das aulas de Literatura Alemã que tive de... consumir e... Bom, mas chega de seca!

Brentano escreveu uma história de nome «Lore Lay» e é sobre esta Lore Lay (ou Lorelei em português) que eu vos quero falar.

Lore Lay é um rochedo que existe, realmente, em pleno Rio Reno, na Alemanha. Conta a história de Brentano que nesse rochedo habitavam ninfas, que eram assim uma espécie de sereias mas que viviam em terra e falavam alemão!

Lore Lay, no Reno, perto de Sankt Goarshausen, a 30 km de Koblenz

Lore Ley era uma bruxa muito bela que foi condenada a passar o resto dos seus dias presa nesse rochedo. Quando via os marinheiros que desciam o Reno, chamava-os com um canto tão belo e tão puro, que os pobres marinheiros, seduzidos por aqueles maravilhosos sons, embatiam no rochedo e naufragavam. Chamava-lhes um figo!

Monumento a Lorelei, nas margens do Reno

Quantas e quantas Loreleis habitam a nossa escola, a nossa cidade, o nosso país, que, com os seus convites encapotados, os seus modos envolventes, nos cativam e nos levam a fazer aquilo que querem?

Quantas e quantas, meus amigos?

Por isso eu digo: a «canção do bandido» ainda resulta, os jogos menos sérios funcionam, basta olharem em redor, tantos e tantos são levados com falinhas mansas, gestos pensados, cantos maviosos... e desejosos de serem enganados!

E quando «acordam», esses pobres marinheiros já eram: estão totalmente bem naufragados, debaixo da alçada das Loreleis!

Mas, afinal, que sei eu? Sou apenas um papagaio. E daltónico!

3 comentários:

Romicas disse...

Ah, ah, ah...! Adorei e... assino por baixo!
As coisas que tu, papagaio, sabes da vida...
Bjokas

Anónimo disse...

Apesar de daltónico viste, de certeza, a lição de democracia e isenção que o Conselho geral de Monforte deu no concurso de director...pois é...mas não lhes serviu de nada! Têm que eleger um dos dois candidatos, seja como fôr, há é que ter director!!!!
Afinal, pergunto eu, que nem sou grande legislador, onde está a soberania do Conselho geral? e trata-se de escolher o menos mau ou melhor? É esta a qualidade de gestão que queremos para as nossas escolas?
E o Conselho Geral deixa-se assim espezinhar? Afinal estão a ser literalmente gozafos, desautorizados.
De nada serviu a lição de democracia...Que opção tem esta gente?
Tu que és daltónico mas vês melhor que muitos de que cor vês isto tudo?

Anónimo disse...

Por todas as escolas grassa a loucura por causa destas pseudo eleições.Contas feitas e vistos os resultados valia mais nomeá-los...
Tornou-se num processo tão feio, onde tudo o que há de pior em certas pessoas vem ao cimo, desde o caciquismo instituído, às ameaças e controlo dos conselhos gerais, até esta pérola que é o caso de Monforte...verdadeira cereja no topo de um bolo envenenado.
Haja decência.
Espero que o Conselho Geral de Monforte esteja à altura da decisão que tomou e não se deixe intimidar.