sexta-feira, 5 de junho de 2009

Uma História de... Terror?!


Na caixa de correio do Papagaio chegou uma história, tão inverosímil quanto incrível, que resolvi passá-la em discurso directo. Ela tem (até agora) dois capítulos. Reza assim:


«Capítulo I

Depois do que te contei das eleições na minha escola... que não houve porque o C. Geral entendeu que os dois cromos que se candidataram não tinham programa nem perfil...

Eis que chegou a resposta da DREA... Façam-se as eleições e vote-se nos candidatos que se apresentaram... um deles pode ser eleito com um voto!!!

Achas normal?

Depois de 20 pessoas se terem pronunciado numa expressiva lição democrática e de, por 18 a 2 terem decidido que não queriam "aquilo" para a sua escola e os seus filhos... vem uma ordem de cima:

Eleja-se o que há a todo o custo e passa adiante...

Indignada é a palavra que define o que sinto... Que raio de mundo é este?...

O que resta? Uma demissão em bloco? Votar e correr o risco de deixar eleger um dos tontos? Votar no menos dos males?.. São todas hipóteses humilhantes...

Não tenho palavras.

Afinal, pergunto eu, que nem sou grande legislador:

Onde está a soberania do Conselho Geral?

E trata-se de escolher o menos mau ou melhor?

É esta a qualidade de gestão que queremos para as nossas escolas?

E o Conselho Geral deixa-se assim espezinhar?

Afinal estão a ser literalmente gozados, desautorizados.

De nada serviu a lição de democracia... Que opção tem esta gente?»

Alguns dias depois recebo novo mail, que conta um capítulo intermédio, muito desagradável, por sinal.

O Presidente do CGT foi, pura e simplesmente, transferido para uma outra escola, sendo marcada uma nova reunião para o dia seguinte. E é então que chega o


Capítulo II

Novamente em discurso directo:


«Ora bem...

Depois do inacreditável parecer jurídico da DREA, dando como orientação que se procedesse à eleição do director (entre os dois candidatos que tinham sido rejeitados por não se considerarem relevantes os projectos nem os perfis...) o C. Geral reuniu.

E...

Como não consideram que tivesse havido alterações ao que anteriormente tinha sido rejeitado... mantiveram a posição anterior!

Escolheram um grupo de pessoas representando os pais, a autarquia, os professores, as instituições e os funcionários e... no caso do Presidente ser chamada a Évora...vão todos!!

Além disso decidiram pôr na comunicação social as pressões de que estão a ser alvo...

Bem! Será a defesa deles, terem muita gente a ver...

Vamos ver até onde isto vai...»


E acabo com uma citação duma pessoa amiga e muito corajosa:


«A malta pode levar pelas orelhas mas não verga!»

3 comentários:

Anónimo disse...

Esperemos qu o próximo capítulo nos continue a falar da coragem deste CG que mostrou bem que a Escola ainda tem opinião e ainda consegue ter o apoio da comunidade.
esperemos também que a Direcção Regional entenda que nãobasta eleger, a qualquer custo, qualquer pessoa, é necessário alguém que dê à Escola segurança, rigor, que se preocupe com os diferentes actores.
Já basta que a fórmula de eleição seja tão restritiva, para ainda termos que "aguentar" aqueles que nem sequer pretendem gerir com transparência e equidade, mas apenas prolongar ou arranjar lugares que osafastem dos alunos. Mesmo sem funções lectivas directas que o director se preocupe com os alunos, não com "gaiolas" para aves raras...como era proposta dum desses candidatos...
Haja coragem! Este conselho Geral está de parabéns...continua a dar lições de democracia, ao contrário de outros que se deixaram enredar em pressões e ameaças...

Anónimo disse...

Bem, fiquei sem palavras. Mas não quero deixar de aplaudir de pé os membros do CG! Bravo!!!

Em@ disse...

Gente com eles no sítio é o que !

Parabéns a quem resiste assim.