sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Papagaio vai de Férias!

Pois é, o Papagaio portou-se bem este ano e vai de férias!

Como muitos milhares de aves lusitanas, vai até ao extremo sul carregar as baterias para um ano muito complicado que se avizinha (a crise, as eleições e a Gripe A oblige...)

Tenho que ir limpar a gaiola e o poleiro, meter a alpista no carro e ala que se faz tarde: amanhã lá vai o Papagaio mais a sua prole...

Mas não vou ficar calado: de vez em quando virei aqui mandar umas bocas, umas bicadas, para que não se esqueçam de mim!

E para ficarem com um sorriso nos lábios, deliciem-se com este video, lembrando que ninguém tem o direito de destruir o que é perfeito!




Olhem, se calhar enganei-me!!


Aqui há uns tempos, postei... (curiosa a língua portuguesa, sempre nova, sempre viva: «postei» é a primeira pessoa do singular do Pretérito Perfeito do verbo «postar», que significa... não, não é embater num poste, é colocar um «post», que são estas notícias pequeninas que eu vou aqui colocando, quase todos os dias...)

Dizia eu que aqui há uns dias postei uma comparação/provocação sobre as Festas de Agosto e as Festas da Cidade, onde me queixava de que os Pontessorenses deixam morrer as tradições, como a Festa de Agosto.

Inúmeros leitores fizeram chegar à gaiola do Papagaio a sua indignação, jurando-me a pés juntos de que este ano irá haver as antiquíssimas Festas de Agosto e que já havia programa!

Então não é que é verdade?

Olhem aqui:

Foto: Detalhes

Uma coisa é certa: o Papagaio vai lá estar!

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Que inveja!! (parte II)

Já conhecem o Matt, por isso hoje trago outro video dele.

E pensar que há gente que é paga para viajar...

O Lugar do Morto

«O Lugar do Morto» é um filme português realizado em 1984, por António Pedro Vasconcelos.

Mas não é desse «O Lugar do Morto» que eu quero falar.

O que eu quero hoje aqui divagar (e já sabemos que o poeta diz que «divagar se vai ao longe»...) é sobre o OUTRO lugar do morto, aquele lugar que todos nós temos à nossa direita, quando conduzimos os nossos carros nas estradas do nosso País.

Foto: Google Images

Não gosto do nome, pois viajar num local que «a priori» é chamado «do morto», não inspira lá muita confiança a quem leva o volante nas mãos!

Viajar no lugar do morto é aquilo que, no dia a dia, muitos de nós fazemos, deixamo-nos conduzir, quem leva o volante é que decide. Se quer virar à direita, se à esquerda, se ir em frente... E nós podemos pensar e dizer «devias virar aqui, ou ali» mas quem tem o volante é que manda!

Na nossa sociedade, em tudo aquilo que constitui o nosso quotidiano, quantas vezes nos sentamos no lugar do morto porque...

simplesmente é mais confortável,
não dá trabalho,
podemos ir mandando umas «bocas»,
podemos dizer mal da condução deste e daquele...

É mais fácil, é mesmo muito mais fácil ser conduzido do que conduzir. Sempre podemos tirar uma pestana, sonhar com as coisas corriqueiras de que a nossa vida é fértil, ler as últimas paixões da Elsa Raposo ou o último vestido da mãe do Cronaldo...

Os condutores são muito ciosos dos seus lugares. Eles adoram guiar! Adoram mandar, pois eles é que sabem! Os que ocupam o lugar do morto podem não gostar de como o «chauffeur» (gosto desta palavra, o que é que querem?) conduz, mas ficam confortavelmente sentados, adormecidos, sem levantar ondas.

E o que acontece quando um dos ocupantes do lugar do morto decide que também quer conduzir?

«Não pode ser, és um vaidoso, queres é dar nas vistas, vai mas é a pé! És um cachopo, nós é que sabemos conduzir»

«Mas eu posso aprender, eu quero aprender, ensinem-me...»

«Não pode ser, não tens a classe que nós temos, nós somos a Elite, os predestinados para conduzir: NÓS!»

E que dizer daqueles que adooooooooooooram viajar no lugar do morto? Por vezes são os defensores mais acérrimos dos condutores, são aqueles que dizem «não penses nisso, dá muito trabalho, és muito novo, és muito velho, não tens experiência, tens experiência a mais...»

São os Profissionais do Lugar do Morto!


Como os reconhecemos? É muito fácil. São aqueles que se aproximam de qualquer aspirante a condutor e dão palmadinhas nas costas, dizendo «é muito boa ideia, mas olha que dá muito trabalho, não queiras, pois os condutores cheiram mal, são maus, assim perdes-te...»

Depois de ganha a confiança, os Profissionais do Lugar do Morto começam o seu jogo sujo de calúnias, insultos, falsidades...

«És vaidoso, não prestas, viajas muito, viajas pouco, perdeste isto, não sabes ganhar eleições, não sabes perder eleições...»

Estes Profissionais encontramo-los nos mais normais sítios, como nos Governos do nosso País, nas Assembleias, nas Câmaras, nas Escolas... fazendo a sua abjecta tarefa de desmotivar quem tem ideias e menorizar tudo aquilo que precisa de ser mudado. Chamam-lhes Yes-Man (ou Yes-Woman) e, como aqui já referi noutro post, lançam loas ao Grande Condutor, ao Timoneiro...

O Condutor, o Chefe é que sabe... SEMPRE!

(Agora um pequeno apontamento histórico-cultural: Sabia que Benito Mussolini, essa figura ímpar na história do fascismo internacional - pois, porque segundo alguns teóricos do nosso país, o fascismo nunca existiu em Portugal - autoproclamou-se «il Duce», que em italiano quer dizer «o Condutor»? Dá que pensar, não dá?)

Para terminar, e visto que estamos numa de conduzir, uma citação (já viram que adoro citações) dum poeta inglês de quem eu gosto muito, Lord Byron:

«É quando pensamos conduzir que somos conduzidos.»

E pelo mesmo preço, para acabar em beleza, podem levar uma outra citação, esta de um comediante, de nome George Burns, que morreu com a bonita idade de 100 anos:

«É uma pena que todas as pessoas que sabem como é que se governa o país estejam ocupadas a conduzir táxis ou a cortar cabelo!»

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

PAIXÃO!!!


Se a pessoa que amas treme quando a abraças,

Se sentes os seus lábios ardentes como brasas,

Se a sua respiração se agita,

Se vês nos seus olhos um brilho febril...


...manda-a à fava, que ela tem Gripe A!!!!

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As Festas de Agosto e as Festas da Cidade


«Suprimir a distância é aumentar a duração do tempo.
A partir de agora, não viveremos mais;

viveremos apenas mais depressa.»

Alexandre Dumas

Na minha meninice, quando chegava a esta altura do ano, sabia que daí a duas semanas teríamos as Festas de Agosto, que calhavam sempre no meio de Agosto e que duravam cerca de três/quatro dias.

Eram festas de carácter profano que se uniam na perfeição nos festejos em honra da Padroeira de Ponte de Sor, Nossa Senhora dos Prazeres. Era um regalo ver os emigrantes que andavam lá por fora, aproveitarem para visitar o seu torrão natal, nas suas «máquinas» com matrículas de Inglaterra, França, Alemanha... Era gente e mais gente! Ponte de Sor parecia uma cidade!!! Uma verdadeira cidade!

O sítio onde as festas decorriam era o antigo Largo da Feira, que hoje é... bem, para falar verdade, é aquele jardim grande em frente do antigo Hospital... e não sei o nome! O espaço era perfeito: o local onde os artistas e os grupos musicais actuavam era cercado, havia muitas barracas de comes e bebes e espaço... muito espaço para as pessoas se sentarem, conviverem, ouvirem os seus artistas preferidos, comer um frango ou mesmo umas sardinhas...

E que não se diga que o cartaz musical era fraco! Os artistas da berra vinham a Ponte de Sor, lembro-me do Marco Paulo novinho em folha, com aquela carapinha bem cheia... E muitos, muitos outros!

Para nós, miúdos, era a festa dentro da Festa! Vermos as miúdas «estrangeiras», dar duas palavrinhas em «estrangeiro», «oui», «yes», «merci»... Era um verdadeiro prazer!

Mas os tempos mudam, Ponte de Sor cresceu, fez-se cidade e, armada numa de novo-riquismo, não quis saber mais nada com qualquer coisa que a fizesse lembrar que fora um dia uma vila!

Ainda houve um período em que a coisa não era carne nem peixe, ainda houve algumas festas no antigo Largo da Feira (lembro-me de, num ano, recebermos os Da Weasel - ainda pouco conhecidos - e o Emir Kusturica) mas foi sol de pouca dura.

Foi então que inventaram as Festas da Cidade! Em má hora, digo eu. Pelo menos o conceito. E o sítio, então...

Ao eliminarem as festas de Agosto, acabou-se com tudo aquilo que era genuíno na nossa terra. As Festas da Cidade nunca lhe chegaram aos calcanhares! E com o avanço do Progresso, a Festa da Salgueirinha seguiu os mesmos passos.

Não adianta pôrmo-nos com discussões espúrias e desnecessárias sobre qual é o(s) culpado(s) destes crimes de homicídio (ou festicídio?) dumas festas que agradavam a todos, locais e forasteiros! O que é verdade é que nunca foi feito nada para que as coisas melhorassem. E já tivemos vários Presidentes de Câmara e nada foi feito! Por vontade própria? Por ignorância? Por incompetência?

Para falar verdade, gosto do Anfiteatro e do espaço envolvente, acreditem que sim. É um espaço perfeito para pequenos espectáculos, como aqueles no âmbito do Festival Sete Sóis Sete Luas, mas só isso. Pensar-se em colocar as Festas da Cidade no mesmo sítio, é o mesmo que colocar o Rossio na Betesga! Não é possível.

É confrangedor ver quem nos visita, ser recebido naquelas situações: as pessoas não se podem mexer, se se quiser assistir a algum espectáculo tem que se ir com enorme antecedência... Aqui há alguns anos veio cá a Rita Guerra, estava grávida e tudo. Soube que ela esteve cá porque a consegui ouvir. Bem, acho que era ela, pois nunca a consegui ver. E como eu muitas e muitas pessoas.

Não falo aqui do cartaz que, ano após ano, nos é apresentado. A prata da casa é sempre bem vinda, é claro, e sempre fica de borla! Sempre se poupam umas massas para umas fundaçõezitas, ou protocolos, ou...

Para nos sentirmos mais tristes, basta vermos que qualquer pequena freguesia ou lugarejo tem as suas Festas de Verão, que apanham praticamente todos os fins de semana entre Junho e Setembro.

E se quisermos ver umas Festas a sério, daquelas que nós vemos e dizemos «eh pá, isto é que são festas a sério!», então basta esperar pelos finais de Agosto e vamos à vila do Crato.

Aquilo, sim, são Festas! O espaço é muito bom, os artistas, do melhor, muitos espaços para se comer e beber, se estivermos cansados, depressa encontramos onde nos sentarmos... Muitos visitantes são de Ponte de Sor, encontro lá muita gente que nunca consigo ver nas nossas Festas da Cidade! E este ano promete ser igual. O cartaz é bom, para não dizer óptimo!

Sei que o Passado está lá atrás, não volta, mas com o Presente que nos dão, poderíamos dar-lhe uma vista de olhos para podermos construir um Futuro melhor!

Mas isto sou eu a falar, que não passo de um Papagaio. Vaidoso, é verdade, mas contínuo Daltónico!

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terça-feira, 28 de julho de 2009

O Efeito Borboleta


Efeito borboleta é um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.

Ao observarem este vídeo vão perceber perfeitamente. São 8 minutos mas valem mesmo a pena!

Que inveja!!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Os Portugueses São Badalhocos?!

Desculpem lá o título, mas assim sei que chamei a vossa atenção.

A propósito do tema da actualidade - a Gripe A, ou H1N1 - resolvi fazer umas pesquisas sobre o assunto, uma vez que o crescimento das pessoas infectadas no nosso País tem subido de uma forma exponencial, tal qual como previram as autoridades internacionais de Saúde.

E pensei num dos actos mais normais de cumprimento na nossa sociedade, o «passou-bem».

Uma mão aperta outra, pode ser tipo «barbatana mole», tipo «apertão estrangulador»... Mas termina sempre da mesma maneira, é uma maneira de reconhecimento e cumprimento socialmente aceite.

A História diz-nos que a sua origem remonta aos tempos medievos, em que os homens se cruzavam e, manifestando que não se iriam antagonizar nem puxar da espada, demonstravam-no, esticando a mão com que habitualmente usavam a arma, a direita. (A gaita era quando eram canhotos, mas isso é outra história, para depois.)

Ao darem as mãos direitas, diziam claramente «olha podes estar descansado que eu não vou puxar a minha espada para ti», manifestando o caracter pacífico da coisa.

Hoje é um acto normal, corriqueiro. Cumprimenta-se um homem da mesma maneira que se cumprimenta uma senhora, excepto que com estas o aperto de mão é mais suave, recordando aquilo que os nossos antepassados faziam, o «beija-mão».

Pois bem, estamos em 2009, temos aí uma epidemia de Gripe A. E eu coloco a questão:

Será que todos vós se lembram se a pessoa que vos está a cumprimentar não terá saído duma casa de banho?

E com esta, vem outra questão:

Será que essa pessoa lavou as mãos antes de sair da casa de banho?

Claro que alguns sorriem, pensam «eu lavo sempre, não sou nenhum(a) badalhoco(a)!»

Mas a história não é bem assim!

Segundo uma pesquisa feita em Portugal em 2005/06, no âmbito do Inquérito Nacional de Saúde,

cerca de 25% dos Portugueses lava as mãos só uma vez por dia!

Outro inquérito desenvolvido pelo Hygiene Council revelou que

45% dos Portugueses não lavavam as mãos sempre que espirravam ou tossiam!

E ainda:

Um em cada dez (10 por cento) confessou que também não o fazia depois de ir à casa de banho!

É fácil fazer as contas, pelo menos no que aos cavalheiros diz respeito (falo por mim, claro). Quando, após ter feito... enfim, aquilo que me faz ir a uma casa de banho pública, lavo as mãos. Por vezes faço uma contagem mental de quantas pessoas saem sem fazer a sua higiene essencial. Por vezes conto 1... 2... 3... Experimentem fazer o mesmo. (não é necessário irem de papel e lápis e sentarem-se no WC a fazer a contagem...)

Outro estudo, este nacional, foi feito por alunos da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, e centrou-se nas casas de banho de centros comerciais da Grande Lisboa. Os resultados foram assustadores:

22 por cento dos 150 inquiridos não lavaram as mãos depois de utilizar o quarto de banho!


"De acordo com a OMS, a proporção de pessoas que lavam as mãos com sabão ou sabonete em 'momentos críticos' (entendidos como após a utilização do quarto de banho, após a limpeza do rabinho dos bebés e antes da manipulação de alimentos) varia entre zero e 34 por cento", diz o mesmo estudo.


E essas pessoas, quando saem dos WCs, encontram o «olhó Agostinho, dá cá uma bacalhauzada...»

Pensem: e se por acaso houver por ali algum viruzito? Passa-se que é uma beleza!

E vou deixar para depois outra derivação muito interessante e preocupante da Gripe A: a sua (previsível) propagação no espaço escolar! Aí é que vai doer a sério!

Mas com esta não me tenho que preocupar! Já me safei da Gripe aviária... Sou um Papagaio sortudo!

(Atchim! Que altura parva para ter ido ao México...)


domingo, 26 de julho de 2009

Ontem fartei-me de rir!


Não sei se sabem, mas o Papagaio, como verdadeiro Português, é do Glorioso Sport Lisboa e BENFICA! (Ok, já sei que vou perder alguns leitores, mas não queria que continuassem a viver no desconhecimento e na ignorância).



E como verdadeiro Benfiquista (Emblema de Prata e tudo), sinto que este ano é que é! (onde é que eu já ouvi isto?)

Mas o que me leva hoje a falar aqui no clube do meu coração, é uma coisa que enche o peito de orgulho a todos os Benfiquistas:


Pois é, a Benfica TV é a única televisão de um clube que existe em Portugal. (Espero sinceramente que outras surjam e que possam aprender com a nossa, com os nossos erros e virtudes)

E ontem fartei-me de rir!

Como sabem (aqueles que acompanham estas coisas de futebóis) o Benfica encontra-se em Amsterdão a participar no Torneio daquela cidade. E ontem o Benfica jogou com o Sunderland, da Inglaterra (e já agora, ganhou 2-0!). O jogo foi primeiro transmitido na SIC, às 18, sendo transmitida em diferido na Benfica TV, lá para as 21.30.

E o que fez a Benfica TV enquanto o jogo estava a ser transmitido em directo na SIC? Colocou dois cromos (coitados dos homens), um relator e um comentador.

José Carlos Soares

O pobre do relator, o José Carlos Soares, o que fazia? Com as câmaras apontadas para si e para o seu partennaire, fazia o relato, à boa maneira de um relato daqueles que ouviamos na rádio, quando os jogos não eram transmitidos na TV!

Um relato radiofónico, não sei se estão a ver! Com as câmaras a apontar para eles! Eles como centro do programa... enquanto estava a decorrer um jogo de futebol!

«E agora Di Maria coloca em Aimar...»

E eu pergunto aos senhores da Benfica TV: será que alguém, podendo ver o jogo completo, ao vivo e a cores, na SIC, gratuita, iria mudar para a Benfica TV para ouvir o relato do rapaz? E ainda por cima o tipo é chato como a potassa! Quando ele se cala, é divinal!

Compreendo que o Benfica tenha que honrar as suas modalidades, mas não podendo transmitir o jogo de futebol em directo, não teria sido preferido ter apresentado um programa sobre outra modalidade? É que nem todos gostam só de futebol...

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sábado, 25 de julho de 2009

Mas o Homem não se enxerga?!


Mirror, mirror, on the wall,

Who is the fairest of them all?

(Irmãos Grimm, Branca de Neve)

(Espelho meu, espelho meu / Existe alguém mais belo do que eu?)

Agora até o Obama tem alguma coisa a aprender com a famigerada Reforma da Educação...

Francamente!

E já agora, visto que lá fora são mais populares e reconhecem tanto o Magnífico Trabalho De Sua Eminência D. Socrates Mais A Sua Companheira D. Maria Milu no que diz respeito às escolas de Portugal, a minha proposta é solicitar a todos os professores do nosso País para se quotizarem e comprarem dois bilhetinhos de ida (pode ser 1ª classe e de avião, que eu não me importo) para estas duas criaturas para... digamos, a Patagónia, pois ouvi dizer que as escolas de pinguins andam uma miséria! Passam o dia todo a brincar às freiras!

Depois de ver um cão a andar de bicicleta, já nada me admira!

E ainda nem começou a «silly season»...




sexta-feira, 24 de julho de 2009

Um Homem Bom!

Aristides de Sousa Mendes


Para muitos de vós, poderá ser um nome que não vos diz muito. Para mim, é sinónimo de Homem Bom, assim mesmo, com maiúscula!

É, pois, um imperativo moral para mim falar hoje, aqui, deste vulto da nossa História!

Numa altura em que os governantes e políticos do nosso País nos envergonham, com atitudes e frases (que só manifestam o baixo nível a que chegaram as pessoas que têm o Futuro do nosso País nas mãos), é bom lembrarmo-nos de algumas referências que, quer queiramos, quer não, são aquelas que nos fazem acreditar no Homem e na capacidade que este tem para modificar e melhorar o Mundo.

Aristides de Sousa Mendes nasceu em 1885, perto de Viseu e morreu na miséria, em Lisboa, em 1954.

A sua actuação enquanto cônsul do Governo Português em Bordéus é uma daquelas pequeninas coisas que me fazem ter orgulho de ser Português!

Foi o principal responsável da fuga de inúmeros judeus da França ocupada pelos nazis, em plena Segunda Guerra Mundial. Dezenas de milhares de refugiados, fugindo do avanço inexorável da máquina trituradora nazi, chegavam a Bordéus, tentando escapar a um destino que todos nós sabemos qual era.



Perante o afluxo enorme de gente, Aristides decidiu conceder vistos a todos aqueles que se dirigissem ao Consulado Português de Bordéus.

«A partir de agora, darei vistos a toda a gente; já não há nacionalidades, raça ou religião!»


Para que essa tarefa fosse levada a bom porto, Aristides de Sousa Mendes «requisitou» os filhos e sobrinhos, bem como um amigo de longa data, o rabino Jacob Kruger e, no dia 16 de Junho de 1940 começaram todos a carimbar passaportes, a assinar vistos, usando todo o papel que havia no Consulado.

Aristides de Sousa Mendes e o rabino Kruger

Claro que Salazar, informado de tudo o que se passava em Bordéus, já avisara o Cônsul, mas este, destemido, referiu que

«Se há que desobedecer, prefiro que seja a uma ordem dos homens d
o que a uma ordem de Deus.»

Aristides foi, portanto, afastado de Bordéus, sendo destacado em Bayonne. Mas mesmo aí continuou a sua tarefa de conceder vistos, no período de 20 a 23 de Junho, num escritório dum vice-cônsul.

Como corolário de todo este trabalho, que logicamente desagradara sobremaneira a Salazar e aos seus aliados nazis, Aristides foi despedido em 23 de Junho, por Salazar e expulso da França, sendo conduzido a Hendaye, onde iniciaria o seu regresso a Portugal. Mas mesmo nesse regresso, Aristides, de posse dos carimbos necessários, nunca parou de conceder vistos a tod
os os que lhos solicitavam.

Foram enviados funcionários do Governo para trazerem o agora ex-cônsul para Portugal mas este, com a sua viatura, liderou uma coluna de veículos com inúmeros refugiados e guiou-os na direcção da fronteira onde, do lado espanhol, não havia telefones, desconhecendo assim a decisão de Madrid encerrar as fronteiras com a França.


De posse de todos os documentos necessários (vistos assinados e passaportes), Aristides de Sousa Mendes conseguiu convencer os guardas aduaneiros a deixar passar toda a gente, que puderam seguir viagem para Portugal.

No dia 8 de Julho chega a Lisboa e é destituído de todos os seus privilégios de diplomata por um ano, sendo reduzido o seu salário para metade e remetendo-o para a reforma. Como pena acessória, ficou privado de exercer a sua profissão de advogado e viu-lhe ser retirada a carta de condução.


A sua família, bastante numerosa por sinal, sobreviveu graças à solidariedade da comunidade judaica que permitiu que alguns dos seus filhos pudessem estudar nos Estados Unidos. Curiosamente, dois dos seus filhos participaram no Desembarque da Normandia, a 6 de Junho de 1944, contribuindo para a destruição da máquina de guerra nazi.

Durante estes tempos difíceis, Aristides de Sousa Mendes e família frequentaram a cantina da assistência judaica internacional, onde a sua presença se destacava dos demais. «Nó
s também somos refugiados», disse um dia.

Após o final da guerra, em 1945, Salazar, mostrando ser tão hipócrita como oportunista, felicitou Aristides de Sousa Mendes por ter auxiliado os refugiados, recusando-se, mesmo assim, a reintegrá-lo no corpo diplomático.


Morreu em 3 de Abril de 1954, após ter vendido todos os seus bens e ter visto a sua mulher falecer em 1948. Como não possuía fato próprio, foi enterrado com um hábito franciscano, uma vez que passou os seus últimos dias no hospital dos franciscanos, em Lisboa.

De todo o seu trabalho, conseguiu-se apurar que teria passado cerca de trinta mil vistos, dos quais cerca de dez mil seriam de refugiados judeus.

Só em 1987 o seu nome começou a ser reabilitado pelo Estado Português, tendo-lhe sido atribuído a Ordem da Liberdade pelo Presidente da República e pedidas desculpas públicas, a si e a toda a família.

Outros países se adiantaram a Portugal, felizmente. Ou infelizmente.

Em 1966, Israel enalteceu a coragem e humanidade de Aristides e atribuiu-lhe o título de «Justo Entre as Nações», nome atribuído aos não-judeus que, de algum modo, salvaram judeus durante o Holocausto. Foram plantadas algumas árvores em seu nome, no Memorial «Yad Vashem» (‘Autoridade de Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto’), em Jerusalém.


Em 1998, a República Portuguesa, na continuação do processo de reabilitação oficial da memória de Aristides de Sousa Mendes, condecora-o com a Cruz de Mérito a título póstumo pelas suas acções em Bordéus.

Oito anos depois foi realizada uma acção de sensibilização: "Reconstruir a Casa do Cônsul Aristides de Sousa Mendes", na sua antiga casa em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal e na Quinta de Crestelo, Seia - São Romão. Consta que a reconstrução continua num impasse.

Mostrando como a História pode ser irónica, durante o concurso da RTP «Os Grandes Portugueses», em 2007, Aristides de Sousa Mendes foi o terceiro mais votado. Em segundo ficou Álvaro Cunhal e em primeiro, Salazar!!

Para aqueles que, como eu, se emocionaram com a história de Oskar Schindler, retratada no filme «A Lista de Schindler», seria interessante que a nossa televisão conseguisse fazer justiça a um verdadeiro Português, que nunca dobrou a espinha ao poder, que pensou pela sua cabeça e conseguiu granjear o respeito de todo o Mundo!

A História deve-lhe muito. A memória dos homens, por vezes, é curta!

Aqui fica a minha homenagem e contribuição para engrandecer o nome deste verdadeiro Homem Bom!

Para quem queira conhecer um pouco melhor, poderá visitar o Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Frases...


«Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu.»


José Sócrates (Primeiro-Ministro de Portugal)



«Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.»



«É costume de um tolo, quando erra, queixar-se dos outros. É costume de um sábio queixar-se de si mesmo.»



«Conheço apenas a minha ignorância.»


Sócrates (o outro, Filósofo Grego, 470 a.C. – 399 a.C.)


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Será que foi porque...?

Nahhh... Não acredito!

Mas o que é um facto é que, após ter aqui relembrado aos mais esquecidos uma Obra do Regime e que nunca mais estava concluída e que se chama Mini Golfe, então não é que, ao dar o meu passeio diário deparei com aquilo que as imagens documentam?







Pois é, começaram as obras de conclusão/limpeza/reconstrução do Campo de Mini Golfe, as tais que se tinham começado há... quantos? 3, 4, 5 anos?

As ervas, embora secas, já estão cortadas, os tijolos dos passeios estão todos arrumadinhos, fazendo umas bonitas esculturas que fariam qualquer artista que tenha exposto na defunta Fundação António Prates corar de vergonha! Aquilo, sim, é verdadeira Arte Contemporânea!

Agora só temos de esperar para podermos dar umas tacadas... lá mais para Outubro?

Claro que ainda encontrei coisas que me desgostaram: dois pinheiros foram arrancados, um deles devia ter um tronco de quase um metro! Não estou a mentir, vão lá ver e depois digam.

E eu pergunto: onde param os defensores do verde? as quercus? os ecologistas? Ou será que por estar vedado aquilo é uma coutada?

Quanto às obras, ainda deverão ter mais umas sessões de trabalho no Mini Golfe, por isso acho que... ora bem, um mês para mudar esta rede,



mais um mês para arranjar os arruamentos,


... sim, dois meses é tempo que chegue! A propósito, quando são as eleições?!

Ah, e que dizer do novel Pavilhão Gimnodesportivo? Aquilo já teve mais rectificações que só vai dar para se inaugurar lá em....

Adivinharam!!

Quanto à nova escola do Primeiro Ciclo, é que parece não vai dar para se inaugurar! Mas... se trabalhassem 24 horas por dia... e chamava-se mais uns quantos... e esquecessem sábados e domingos... e se fosse para o Bem da Nação...

Para terminar, acabo como comecei. Será que é presunção minha pensar que poderei ter feito alguma diferença por agitar as águas?

Nahhh! É mesmo presunção de Papagaio!

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