sábado, 4 de julho de 2009

«Maus Chefes Provocam Ataques de Coração»

Na caixa de correio do Papagaio chegou um artigo, já velhinho, de Novembro do ano passado, de Isabel Stilwell, no Destak, que vou aqui reproduzir, com a devida vénia à sua autora, por ser tão, mas tão actual, que até assusta!

«Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.


A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.


Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.


Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetente a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.


A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo.»


Isabel Stilwell in Destak

1 comentário:

Anónimo disse...

Tudo isso é verdadeiro. Quem não o sentiu já, sem saber sequer que o assunto já tinha sido alvo de estudo?
Pendo que o verdadeiro problema reside no facto das estruturas que devem acompanhar e vigiar a qualidade das lideranças, serem também elas, vítimas de vícios (e não falo de tabaco ou álcool) e, portanto, maus juízes.