Os Yesman...
Não, não são nenhuma tribo na África profunda.
São uma classe de criaturas que se encontram em todo o lado, seguindo, subservientes, agradando ao Chefe que, ufano e poderoso, adora ser seguido pela corte dos seus Yesman, que o lembram sempre «Sois Rei! Sois Rei!»
O Rei Sol adora, ama tanta bajulice, agradece com um gesto real com a mão, deixando os pobres Yesman extasiados, igualmente com um sorriso de prazer.
Onde encontramos estes Yesman?
Tecnicamente (isto é, em Inglês Técnico; ou Inglénico?!) deveria ser Yesmen, com E, pois sabemos que o plural de man é men, conforme nos demonstrou o nosso primeiro no seu exame por fax (ai as Novas Tecnologias...) de Inglês Técnico, na sua licenciatura (ou será lissençiatura?) de inginhêro.
E também não deveria ser Yesman, porque também podem ser femininos, ou femininas, e seria Yeswoman (plural, Yeswomen)... que às vezes são piores que eles!...
Continuemos a falar nos Yesman (visto que o género aqui não interessa). Esta fauna pode-se encontrar em qualquer Câmara, qualquer escola, qualquer órgão de administração.
Os Yesman são aquilo a que, no tempo do antigamente, se chamavam de comissários políticos. Ou controleiros, aqueles que contolavam. O seu terreno de predilicção eram os antigos países comunistas, e que hoje têm um bom exemplo na República 'Democrática' da Coreia do Norte, onde o Grande Líder não dá abébias a ninguém!
Hoje, o que são?
São aquelas pessoas que, nas reuniões, aquando das votações 'livres e democráticas', fazem aqueles gestos subreptícios (comme qui ne veut pas la chose) aos outros pobres mortais e membros da reunião, apontando para o candidato que o Chefe apoia e de quem tem saudades, porque é preciso substituir o que lá está, que é um verdadeiro «pain in the ass» (desculpem lá, mas esta não traduzo!).
E os pobres mortais, coitados, obedecem, ouvindo a ladaínha dos Yesman, evocando o exemplo de Cesar: «Remember, thou art mortal!»
Ai de quem ousa dizer que o rei vai nu...
Não, não são nenhuma tribo na África profunda.
São uma classe de criaturas que se encontram em todo o lado, seguindo, subservientes, agradando ao Chefe que, ufano e poderoso, adora ser seguido pela corte dos seus Yesman, que o lembram sempre «Sois Rei! Sois Rei!»
O Rei Sol adora, ama tanta bajulice, agradece com um gesto real com a mão, deixando os pobres Yesman extasiados, igualmente com um sorriso de prazer.
Onde encontramos estes Yesman?
Tecnicamente (isto é, em Inglês Técnico; ou Inglénico?!) deveria ser Yesmen, com E, pois sabemos que o plural de man é men, conforme nos demonstrou o nosso primeiro no seu exame por fax (ai as Novas Tecnologias...) de Inglês Técnico, na sua licenciatura (ou será lissençiatura?) de inginhêro.
E também não deveria ser Yesman, porque também podem ser femininos, ou femininas, e seria Yeswoman (plural, Yeswomen)... que às vezes são piores que eles!...
Gaita, 'tou a ser chato como o caraças!!! Avancemos.
Continuemos a falar nos Yesman (visto que o género aqui não interessa). Esta fauna pode-se encontrar em qualquer Câmara, qualquer escola, qualquer órgão de administração.
Os Yesman são aquilo a que, no tempo do antigamente, se chamavam de comissários políticos. Ou controleiros, aqueles que contolavam. O seu terreno de predilicção eram os antigos países comunistas, e que hoje têm um bom exemplo na República 'Democrática' da Coreia do Norte, onde o Grande Líder não dá abébias a ninguém!
Hoje, o que são?
São aquelas pessoas que, nas reuniões, aquando das votações 'livres e democráticas', fazem aqueles gestos subreptícios (comme qui ne veut pas la chose) aos outros pobres mortais e membros da reunião, apontando para o candidato que o Chefe apoia e de quem tem saudades, porque é preciso substituir o que lá está, que é um verdadeiro «pain in the ass» (desculpem lá, mas esta não traduzo!).
E os pobres mortais, coitados, obedecem, ouvindo a ladaínha dos Yesman, evocando o exemplo de Cesar: «Remember, thou art mortal!»
Ai de quem ousa dizer que o rei vai nu...
E ao longe ouvem-se os Yesman, que continuam perorando «Sois Rei! Sois Rei!», e o Rei gosta e vai-lhes dando umas migalhas, na sua magnificência, na sua omnipotência, do alto do seu castelo, inacessível.
Exagero? Será?
Não me refiro a nenhum caso em particular, mas basta olhar para o nosso Governo, onde um Ministério autista e solipsista mira o seu umbigo, dizendo «ai que lindo ele é, com tantas positivas a Matemática, com tanto sucesso, ai vivam as novas oportunidades...», e esquece-se do essencial. E este é invisível, como dizia o Principezinho. Não se mede, não entra nas estatísticas. Logo, não sendo mensurável, não interessa. Se não se pode fazer um graficozinho de barras com muitas cores, então nem se fala nele!
Basta olhar para as nossas Câmaras Municipais, quaisquer elas sejam. Felgueiras, Gondomar, Oeiras, outras perto de si... Dinheiro esbanjado, deitado para a rua... Obras de fachada, Fundações e empresas municipais, sacos azuis, electrodomésticos para os amigos...
Basta olhar para as nossas Escolas, onde falar contra o poder instituído é ser considerado um pária, com todas as consequências que daí advenham. Ninguém quer caminhar lada a lado com quem ousa colocar o Chefe em questão, isso não. Cheiram mal, não prestam, não sabem nada! Se tem um cargo, destitui-se. Nem que tenha que ser por eleições 'democráticas'!
Os Yesman estão lá para não deixar que aconteça qualquer mal ao Chefe! Eles são a linha da frente, os peões de brega, aqueles que defenderão o Chefe até debaixo de água. São a infantaria, aqueles que dão o corpo às balas, se preciso for.
E que dirão, se assim forem mandados, que o céu é amarelo!
Não me refiro a nenhum caso em particular, mas basta olhar para o nosso Governo, onde um Ministério autista e solipsista mira o seu umbigo, dizendo «ai que lindo ele é, com tantas positivas a Matemática, com tanto sucesso, ai vivam as novas oportunidades...», e esquece-se do essencial. E este é invisível, como dizia o Principezinho. Não se mede, não entra nas estatísticas. Logo, não sendo mensurável, não interessa. Se não se pode fazer um graficozinho de barras com muitas cores, então nem se fala nele!
Basta olhar para as nossas Câmaras Municipais, quaisquer elas sejam. Felgueiras, Gondomar, Oeiras, outras perto de si... Dinheiro esbanjado, deitado para a rua... Obras de fachada, Fundações e empresas municipais, sacos azuis, electrodomésticos para os amigos...
Basta olhar para as nossas Escolas, onde falar contra o poder instituído é ser considerado um pária, com todas as consequências que daí advenham. Ninguém quer caminhar lada a lado com quem ousa colocar o Chefe em questão, isso não. Cheiram mal, não prestam, não sabem nada! Se tem um cargo, destitui-se. Nem que tenha que ser por eleições 'democráticas'!
Os Yesman estão lá para não deixar que aconteça qualquer mal ao Chefe! Eles são a linha da frente, os peões de brega, aqueles que defenderão o Chefe até debaixo de água. São a infantaria, aqueles que dão o corpo às balas, se preciso for.
E que dirão, se assim forem mandados, que o céu é amarelo!
E o daltónico sou eu?!
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A pedido de algumas famílias:
Yesman: n.m. pessoa sem opinião própria, que concorda frequentemente com a opinião de outras pessoas
Comme qui ne veut pas la chose: como quem não quer a coisa
Pain in the ass: (isto é um blog para toda a família, por isso vão ver ao dicionário!)
'Remember thou art mortal': 'Lembra-te que és mortal' (frase dita por um general romano a Julio Cesar, após uma importante vitória militar)
Yesman: n.m. pessoa sem opinião própria, que concorda frequentemente com a opinião de outras pessoas
Comme qui ne veut pas la chose: como quem não quer a coisa
Pain in the ass: (isto é um blog para toda a família, por isso vão ver ao dicionário!)
'Remember thou art mortal': 'Lembra-te que és mortal' (frase dita por um general romano a Julio Cesar, após uma importante vitória militar)
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7 comentários:
Yespapagaio, em inglês técnico Yesparrot.
Falando sobre os yesmen, eu não sei bem porquê, mas tambem lhes associo a imagem engraçada daqueles cães em plástico, borracha ou lá o que era aquilo, na chapeleira de alguns carros sempre a abanarem a cabeça. Alguns até eram tigrados, tamanha era a ferocidade que poderiam ter, eles ou os donos.
Em alternativa, mais prevenidos,havia quem tivesse, um bordado onde escondia o papel para outras necessidades mais aflitivas.
Não vale a pena gastar mais latim com a socióloga do ISCTE emprestada, por quatro penosos anos, à 5 de Outubro. A capa do Público resume-a. Há uma semana havia o dobro das negativas a matemática no 12º ano em relação a 2008. Segundo Maria de Lurdes, houve «menos investimento, menos trabalho e menos estudo» dos alunos. Culpa? Comunicação social e Nuno Crato. Ontem, com metade das negativas na matemática do 9º ano em relação a 2007, Maria de Lurdes acha que «isso deve encher-nos de orgulho, é muito positivo e bom para o país.» Pobre Maria de Lurdes. Pobre país o nosso...
O conteúdo do post nem vou comentar, uma vez que faço minhas as palavras do autor.
Como já me cheira a férias, apetece-me brincar um pouco e chamar a atenção para a figura.
De início até que parece um beija-mão normal, mas não é que no fundo, esse beija-mão se transforma em beija-c...
Papagaio, tu sabes mesmo o que dizes, és muito perspicaz. Só é pena ter que dar-te razão.
Yesman I agree, matematicamente falando, estou 100% de acordo.
Não há condições... tudo é válido para atingir os objectivos. A ética,a moral o respeito pelo trabalho feito "qê isso??? ... Onde é a festa ou sardinhada.. aí encontraremos os profissinais que erguendo os penascos para refrescar o rei, os malabaristas para o divertir, se pavoneam como se levassem o Rei na barriga...
Continua meu amigo
O comentário das 21:44 referia-se à imagem do post anterior e foi aqui colocado, por lapso. Peço desculpa.
Nice fill someone in on and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Thank you as your information.
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