Não sei porquê (ou será que sei?), apeteceu-me colocar aqui um post interessantíssimo e actual do colega Ricardo Silva e que se encontra no blogue PROFAVALIAÇÃO, do colega Ramiro Marques, que dedico particularmente àqueles Conselhos Gerais Transitórios que tanto têm atropelado e contornado a legislação corrente, provavelmente numa escola perto de si! Provavelmente mais perto do que pensa!
Sem destinatário concreto, claro!
«Está mais que na hora de lançarmos um grande debate (e acho até que já cometemos o gravíssimo erro de não o termos feito mais cedo) acerca da melhor forma de nos opormos a este modelo de gestão.
Os professores que estão contra este modelo devem continuar a agir à margem dele ou devem usar os Conselhos Gerais como bastiões da resistência a directores adesivados?
Por outras palavras: devemos ignorar totalmente o Conselho Geral e deixarmos que sejam eleitos para ele professores adesivos que vão para lá dar apoio aos directores adesivos ou devemos criar listas ao Conselho Geral com professores activistas que consigam aglutinar funcionários e pais contra este modelo de gestão e demais políticas educativas?
Já alguém pensou que pode ser precisamente nos Conselhos Gerais que os professores, desde que façam a pedagogia correcta e expliquem bem as razões da nossa luta, podem finalmente GANHAR OS PAIS para a nossa causa? Alguém já considerou essa possibilidade?
Já pensaram bem no que seria termos Conselhos Gerais a aprovar documentos de denúncia e desmontagem das políticas educativas do ME, manifestando solidariedade aos professores, reforçando o seu prestígio e importância social?
Sinceramente não consigo entender como temos estado tão adormecidos em relação a isto. Se tantas e tantas escolas foram capazes de aprovar moções contra o modelo de avaliação porque raio não o poderiam fazer agora no Conselho Geral? Será assim tão complicado explicar as nossas razões e convencer os restantes elementos não professores da justíssima razão da nossa luta? Tenho a certeza ABSOLUTA que não. Serei o único a ver a questão por este prisma?»
Os professores que estão contra este modelo devem continuar a agir à margem dele ou devem usar os Conselhos Gerais como bastiões da resistência a directores adesivados?
Por outras palavras: devemos ignorar totalmente o Conselho Geral e deixarmos que sejam eleitos para ele professores adesivos que vão para lá dar apoio aos directores adesivos ou devemos criar listas ao Conselho Geral com professores activistas que consigam aglutinar funcionários e pais contra este modelo de gestão e demais políticas educativas?
Já alguém pensou que pode ser precisamente nos Conselhos Gerais que os professores, desde que façam a pedagogia correcta e expliquem bem as razões da nossa luta, podem finalmente GANHAR OS PAIS para a nossa causa? Alguém já considerou essa possibilidade?
Já pensaram bem no que seria termos Conselhos Gerais a aprovar documentos de denúncia e desmontagem das políticas educativas do ME, manifestando solidariedade aos professores, reforçando o seu prestígio e importância social?
Sinceramente não consigo entender como temos estado tão adormecidos em relação a isto. Se tantas e tantas escolas foram capazes de aprovar moções contra o modelo de avaliação porque raio não o poderiam fazer agora no Conselho Geral? Será assim tão complicado explicar as nossas razões e convencer os restantes elementos não professores da justíssima razão da nossa luta? Tenho a certeza ABSOLUTA que não. Serei o único a ver a questão por este prisma?»
Para terminar, quero destacar um Conselho Geral Transitório que foi capaz de, contra ventos e marés, fazer valer o seu ponto de vista, lutando por aquilo que era justo e legal.
Não, não me estou a referir ao Conselho Geral Transitório do Agrupamento de Ponte de Sor, claro que não!
Estou-me a referir ao do Agrupamento de Monforte, que manteve, até ao fim, a sua posição, unida, sem medos, não obstante todas as ameaças, surgindo como um farol para nos guiar nestas horas tão atribuladas e tão ofensivas da verdadeira escola democrática.
Para eles, um abraço grande e fraterno do Papagaio.
P.S. (cruzes, canhoto! isto quer dizer post scriptum!): Brevemente irei falar-vos mais um pouco da Odisseia em Monforte. Merece a pena conhecer o resto da história!
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4 comentários:
Parece-me que reina alguma confusão no que respeita às verdadeiras funções dos Conselhos Gerais Transitórios, e este nevoeiro vai alastrar-se aos Conselhos Gerais.
Senão, vejamos:
Quando termina o Conselho Geral Transitório:
Com a conclusão do regulamento interno?
Com a eleição do Director (no casos em que foi este órgão que levou avante esse processo)? Quando dá posse ao Director)?
Com a eleição do Conselho Geral? Com a posse do Conselho Geral?
Se a confusão se instala logo a este nível, como será de esperar que saibam exactamente o que andam ou podem vir a fazer? É que há iluminados que pensam que o CGT só tinha 3 funções: fazer o RI, eleger/dar posse ao Director e fazer aparecer o CG (definitivo). E o resto?
"Já pensaram bem no que seria termos Conselhos Gerais a aprovar documentos de denúncia e desmontagem das políticas educativas do ME, manifestando solidariedade aos professores, reforçando o seu prestígio e importância social?"
Interessante, esta visão, mas um pouco utópica, se considerarmos que muitos Conselhos Gerais mais não são que tentáculos do tal ME, que se instala através de directores adesivados ao sistema, que por sua vez se movimentam para "colocar" no CG elementos "de confiança", que serão os seus olhos, ouvidos e boca nesse órgão?
Boa tarde Papagaio.
Por motivos pessoais, isto é, afazeres de final de ano, passou algum tempo desde que te visitei pela última vez. E gostei de saber que já tinham director. E Conselho Geral? Já elegeram? Tiveram lista(s)?
O processo foi "normal", isto é, sem atropelos legais? Quem foram os eleitos?
Independentemente de quem foram, os meus parabéns, pois é deles que vai depender a "fiscalização" de tudo na escola. As suas funções são de grande responsabilidade e, acima de tudo, terão que ser ISENTOS, o que nem sempre é fácil.
Olá, Anónimo das 16:03 (pessoalmente, gostaria que tivessem um nome, para poder saber com quem falo, mas vocês é que sabem...)
Em primeiro lugar, sim, já temos director, com posse, discurso e tudo!
Quanto ao Conselho Geral, a coisa já fia mais fino, visto que as eleições são na próxima Quinta, 9.
Quanto aos atropelos legais...
Penso contar-vos as... vicissitudes que têm surgido na preparação das eleições do C.Geral numa próxima oportunidade, pois estou de fim de semana! E no fim de semana quero coisas que me aliviem o espírito e não algo que me vai indispor. Porque (já o perceberam, com certeza) a história está bastante atribulada para ser contada assim, linearmente, simplesmente.
I'll be back!
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