domingo, 5 de julho de 2009

Afinal, o Agrupamento de Ponte de Sor é TEIP ou quê?!

Imagem: Diário de Notícias

Ok, manifesto a minha ignorância. Sou um Papagaio ignorante, além de daltónico!

Disseram-me que éramos um Agrupamento TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) mas estou farto de procurar e não há meio de encontrar o nosso Agrupamento.

Já fui ao site do Ministério, da Direcção Regional, à DGIDC, mas nem sinal de Ponte de Sor!

Se alguém quiser ajudar o Papagaio, eu depois coloco aqui o link para quem estiver interessado.


Ainda a propósito dos TEIP, chamo a atenção duma notícia que apareceu ontem no Diário de Notícias, bem curiosa por sinal!


Escola junta piores alunos em turmas especiais

por ANA BELA FERREIRA


«Pais e professores de agrupamento da Damaia denunciam separação de estudantes por classificações. Ministério diz que a medida é possível, mas considera-a contra-indicada a nível pedagógico. A direcção da escola diz que vai apenas juntar aqueles com mais dificuldades em turmas especiais.


Professores do Agrupamento de Escolas dr. Azevedo Neves da Damaia, Amadora, dizem ter recebido ordens para dividir os alunos conforme o resultado: bons, médios e maus. Uma medida que consideram discriminatória. O director do agrupamento, José Biscaia, fala antes em juntar os estudantes menos bons em turmas especiais para reforçar o apoio. O responsável explica que "o objectivo é aumentar o sucesso dos alunos com mais dificuldades", reunindo-os em turmas que têm também bons alunos. Os psicólogos alertam para o risco de se criarem sentimentos de inferioridade nos piores estudantes.


Alguns pais descontentes ponderam mesmo uma manifestação pacífica para hoje, à porta da escola onde se vai realizar o almoço de fim de ano do agrupamento. Ao todo, cerca de 500 alunos do 1º ciclo vão ser afectados pela medida.


As escolas em causa fazem parte dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP). José Biscaia explica ao DN que as turmas que vão acolher os alunos com mais dificuldades têm, durante algumas horas por semana, um professor titular e um de reforço, que os ajuda a perceber o que é dado a Matemática e Português. "Não temos horas, nem dinheiro para ter um professor de reforço em todas as turmas", acrescenta o responsável. Assim, a solução é a criação de turmas que concentrem grupos de alunos com mais dificuldades para terem apoio, uma medida conhecida como turmas de nível, e que já é aplicada no 2.º ciclo deste agrupamento há quatro anos.


Mas pais e professores alegam que os alunos vão ser separados segundo as suas capacidades. "Foi pedido aos professores que se reunissem para dividir os alunos em bons, médios e maus", admite ao DN uma professora do agrupamento que preferiu manter o anonimato.


A mãe de um aluno que vai frequentar o segundo ano de escolaridade ficou a conhecer esta medida através da mãe de outra aluna. "A professora disse a essa mãe que ia ficar com a turma dos melhores alunos", refere a encarregada de educação que está contra a medida.


Esta separação por níveis é possível, como indica o Ministério da Educação em resposta ao DN, mas "é, regra geral, pedagogicamente contra-indicada". Também Albino Almeida da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) defende que a constituição de turmas por níveis, ou seja, aulas suplementares para os alunos com mais dificuldades, são mais aconselháveis. "Não conhecendo o caso concreto, acho que vale a pena reavaliar esta medida já que parece não contar com o apoio de todos os pais", alerta o dirigente da Confap.


O próprio responsável pelo pelouro da Educação na Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), António José Ganhão, reconhece que este "é um projecto polémico". O vice-presidente da ANMP acrescenta que pode "criar estigmas nas crianças e leituras não muito positivas por parte das famílias". E compara: "faz lembrar as carteiras dos burros que havia no meu tempo".


O grupo de pais que contesta a medida defende que é "discriminatória". "O que faz uma turma é a diversidade, em que os bons alunos puxam os maus", argumenta uma docente. A mãe do aluno da Escola José Ruy critica: "Não tarda nada estamos a dividi-los por clube, altura ou peso".


A psicóloga da adolescência Marina Carvalho lembra que "uma das formas de aprendizagem é através de modelos dos grupos de pares, imitando os comportamentos". Assim, perante a possibilidade de ficarem separados os maus alunos não podem aprender com os bons, esclarece.


Outro risco, apontado pelo psicólogo Américo Baptista é , o "abaixamento da auto--estima dos alunos que mais tarde pode levar a criar um culto dos que fazem mais asneiras". "Os jovens beneficiam de um ambiente estimulante e se estão num ambiente pouco diversificado isso pode criar um ciclo vicioso", acrescenta. »


2 comentários:

HzoLio disse...

Vá toma lá a "confirmação"... Sim porque dizem que ainda está em fase de "negociação".

Já me chegou aos ouvidos que, alguém por aí, só depois de ter que sim é que percebeu que assim iam ficar com toda a fina nata da zona!!!

Sabes o que te digo, olha temos pena... ;)

Grande Abraço

HzoLio disse...

Ups... Esqueci-me do link à página do ME... ;)

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/TEIP/Documents/TEIP2/Lista.pdf

Desculpa lá qualquer coisita, mas esta cabeça já não é a mesma...

Abraço