segunda-feira, 13 de julho de 2009

Bem a propósito: as Escolas e as Câmaras



Isto há coisas...


Bem a propósito da importância crescente que os Municípios estão a ter nas Escolas e Agrupamentos de Escolas do nosso país, deparei com este post no site ProfAvaliação do colega Ramiro Marques e que aconselho a sua leitura:


A pior herança: a partidarização das escolas.

Municipalização, partidarização e interesses particulares


Uma das piores heranças de Maria de Lurdes Rodrigues é a partidarização das escolas. Os autarcas do PS e os dirigentes partidários locais olham para as escolas públicas como território de caça. Outrora, um território a salvo do compadrio, das ingerências partidárias e dos interesses particulares, as escolas públicas - cada vez menos escolas e mais unidades de gestão - tornaram-se espaços onde desaguam as lutas partidárias locais com o objectivo da distribuição do poder, dos lugares e dos empregos.

No centro desta disputa, que vai ulcerando as escolas, está o processo em curso de municipalização das escolas com a prometida entrega às autarquias do recrutamento e gestão de muitas dezenas de milhares de professores e outros tantos técnicos de educação, de psicologia, de apoio administrativo e de acção educativa.

Quem dominar os territórios é dono dos lugares, dos recursos e dos empregos. E nós sabemos como é que os autarcas do PS - sobretudo eles, embora também os outros, ainda que com mais decoro e reserva - se relacionam com a sociedade civil e com as estruturas locais da administração pública. A forma indecorosa como alguns autarcas do PS e do PSD (estes, apesar de tudo, em menor quantidade) agiram dentro dos conselhos gerais, procurando impor à força os candidatos a directores próximos do Partido leva-me a concluir duas coisas:


1. A municipalização das escolas está em marcha acelerada e vai aprofundar-se caso o PS ganhe as eleições legislativas.


2. Grande parte das escolas estão infectadas com o vírus da partidarização e os directores são marionetas às ordens das DREs e dos autarcas locais.


3. Os professores não perderam apenas o pouco poder que tinham dentro das escolas. Correm o risco de serem manietados pelos políticos locais que, como é sabido, se lançaram à conquista das direcções das Associações de Pais, tendo em vista o controlo político e partidário não apenas das AECs mas também da gestão dos recursos dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas.


Fonte: ProfAvaliação

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um e-mail que dá conta do que se vai passando pelas escolas:



Assunto: a avaliação de cada professor é para ser enviada pelo Director(a) para o Ministério!!!!!!!!]


Caros Colegas,
Recebi esta informação de uma colega nossa e que "repasso"....

Sabes a melhor? Hoje estive num seminário sobre a avaliação para o qual fui "convidada" pela Direcção Regional, com as outras Coordenadoras. Tu imaginas o que se ficou a saber, dito pela boca da formadora? Que a avaliação de cada professor é para ser enviada pelo Director(a) para o Ministério!!!!!!!! A PIDE!!! Saltámos-lhe em cima, e a desgraçada já só dizia: eu vou transmitir, eu vou transmitir!!!
Isto TEM QUE SER DENUNCIADO!!! O q se está a passar nas nossas costas! Porque a lei diz, taxativamente, que a avaliação É CONFIDENCIAL!!! Nem na escola pode ser divulgada por nenhum dos avaliadores!!! Isto é GRAVÍSSIMO!!!!

Se quiseres divulga isto... Ao que isto chegou, haja paciência...